quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pais de estudantes da USP criticam ação policial de reintegração de posse - Agência Brasil - JORNAL COMÉRCIO, 08/11/2011

Os pais dos alunos da Universidade de São Paulo (USP) criticaram a prisão de seus filhos , ocorrida na manhã de hoje (8) após uma operação policial de reintegração de posse do prédio da reitoria, que estava sendo ocupado por estudantes desde a semana passada. Os pais evitam falar com a imprensa e o fazem somente sob anonimato. Eles aguardam do lado de fora da 91ª Delegacia de Polícia, localizada na zona oeste de São Paulo.

A mãe de um dos 70 alunos que foram presos reclamou da ação policial. “Nossos filhos não são bandidos. Eles estavam apenas defendendo uma gestão democrática na USP”, disse ela.

Os estudantes estavam acampados no prédio principal da reitoria da instituição desde o dia 1, em protesto pela presença de policiais no campus.

Numa folha de papel que foi depois copiada pela imprensa, os pais escreveram uma carta à mão em que criticam a operação policial de reintegração de posse. “Nós, pais de estudantes da USP, repudiamos o modo como foi conduzido pela reitoria o processo envolvendo o movimento dos estudantes. Repudiamos a ação repressiva e truculenta das forças policiais no campus da universidade nessa madrugada de terça-feira. Estamos indignados com o fato de que uma instituição educativa utiliza como principal instrumento de solução de conflito social o uso da força policial. Nossos filhos são estudantes e não bandidos e estão em defesa de uma universidade onde existam debates democráticos”, diz o texto.

Também do lado de fora da delegacia, o estudante de Geografia João Victor Pavesi de Oliveira, diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), criticou a operação policial. ”A interpretação da entidade é que não havia necessidade para isso. A negociação estava aberta. Tem uma rodada de conversa com a reitoria amanhã (9) e a gente não vê o porquê de tudo isso. Não tem porque utilizar um número tão grande do efetivo policial para retirar uma ocupação pacífica', acrescentou o estudante.

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