terça-feira, 24 de março de 2015

COMUNIDADE UFRGS PEDE POLICIAMENTO ENTORNO DO CAMPUS


Estudantes da UFRGS lançam mapa sobre segurança DCE UFRGS/Reprodução
ZERO HORA 24 de março de 2015 | N° 18111

DÉBORA ELY



PEDIDO DE SEGURANÇA. Abaixo-assinado cobra policiamento na UFRGS



PETIÇÃO ONLINE DE ALUNOS da universidade reclama de furtos e roubos nas proximidades do campus central e deve ser entregue às autoridades

A insegurança no entorno do campus Centro da UFRGS, em Porto Alegre, motivou a criação de uma petição online que, em menos de 24 horas, colheu mais de 3 mil assinaturas. Idealizado por alunas da Faculdade de Direito, o abaixo-assinado será entregue a autoridades para cobrar reforço do policiamento.

Vinte dias após a volta às aulas, assaltos têm alarmado quem precisa ir à universidade para estudar ou trabalhar. Criadora da petição no site Avaaz – comunidade de abaixo-assinados online –, a estudante Juliana Colombelli Candido, 18 anos, é, também, uma das idealizadoras da página Ocorrências – Campus Centro UFRGS, no Facebook, na qual alunos compartilham casos de roubo.

A petição concluída ontem não é a primeira aberta pelas jovens. Em março de 2014, Juliana e três amigas colheram, de sala em sala, mais de mil nomes em um abaixo- assinado que foi entregue à Brigada Militar (BM). A corporação pediu que elas auxiliassem no mape-amento das ocorrências, que muitas vezes não são registradas.

As estudantes passaram a trocar mensagens com o 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que atende a área, informando onde e quando crimes denunciados no Facebook ocorreram. A parceria surtiu efeito com viaturas nos pontos mais perigosos. Em 2015, porém, os alunos notaram a queda no policiamento.

– O esforço foi em vão. Retiraram as viaturas e a criminalidade voltou com força – diz Juliana.



Patrulha menor nas férias, diz BM


O major Júlio Cesar de Ávila Peres, do 9º BPM, atribui a redução do patrulhamento no entorno da área às férias da universidade e à concentração de c=rimes na Redenção – no dia 9, uma universitária de 21 anos foi estuprada por dois homens no parque quando voltava de uma aula. Conforme Peres, a queda no policiamento não tem relação com o corte de horas extras imposto pelo governo do Estado:

– Temos usado efetivo administrativo para suprir a carência das ruas, fechando o quartel em algum turno do dia. Isso (casos de roubos no entorno da UFRGS) sempre existiu pela proximidade com o Centro. Como agora voltaram as aulas, a questão é retomar (o reforço do policiamento).

As estudantes que organizaram a petição irão entregá-la à reitoria da UFRGS, à prefeitura da Capital, ao governo estadual e à BM.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Parabenizo os organizadores da petição, pois só assim as autoridades são coagidas a cumprir o seu poder-dever de agir na  garantia do direito à segurança pública. Aplausos para os alunos do Direito, para a estudante Juliana e para a Coordenadoria de Segurança da UFRGS pelas iniciativas em prol da segurança da comunidade universitária. Não deixem cair este objetivo e mantenha a chama acesa pressionando as autoridades competentes.