quinta-feira, 29 de março de 2012

USP CONFIA SEGURANÇA A CORONEIS DA PMSP

USP troca professor por coronel no campus - FOLHA.COM, MUNDO POSITIVO, 29/03/2012


A USP decidiu confiar a coordenação da segurança nos campi a três coronéis da Polícia Militar. O posto era até então ocupado pelo professor Adilson Carvalho. A Universidade pretende investir cerca de R$ 10 milhões para modernização de sua guarda e compra de equipamento, como câmeras. A decisão já gera controversa no meio acadêmico e entre parte dos alunos, que contesta a presença de policiais por entender que ela inibe as atividades educacionais e a liberdade de expressão. No ano passado, a reitoria foi invadida em protesto contra a detenção de três alunos pelo porte de maconha e contra o patrulhamento da PM no campus.

Leia mais na matéria da Folha:

A USP decidiu contratar três coronéis da Polícia Militar para assumir o comando da segurança em todos os campi da universidade.

O anúncio das contratações deverá ser feito ainda nesta semana pelo reitor João Grandino Rodas.

Para assumir a recém-criada Superintendência de Segurança foi escolhido o coronel Luiz de Castro Júnior.

Dois outros coronéis, com nomes ainda não divulgados, serão subordinados a ele. Um será responsável pela segurança da capital e o outro das unidades do interior.

Castro Júnior foi escolhido por ter um perfil ligado ao policiamento comunitário.

Até o mês passado, ele era diretor do Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da PM paulista.

Também pesou nessa escolha o desempenho do oficial na "costura" do convênio entre USP e PM para o aumento de policiamento no campus.

A cúpula da USP viu nessa contratação uma forma de poder "afinar a sintonia" entre a guarda universitária e PM. Além de tentar evitar casos de abordagens violentas como as ocorrida neste ano.

Apesar do perfil tido como mais humanista do oficial, a escolha de um PM para assumir o controle da guarda universitária é controversa.

Isso porque parte do mundo acadêmico é contrária à presença de policiais, por entender que ela inibe as atividades educacionais e a liberdade de expressão.

Há uma parte que defende a presença de policiais em razão da falta de segurança.

MACONHA

Em maio de 2011, um aluno foi assassinado na Cidade Universitária, na zona oeste, após uma tentativa de assalto.

Ainda no ano passado, a USP fechou convênio com a PM para patrulhamento.

Logo em seguida, a prisão de três estudantes que portavam maconha desencadeou uma série de protestos contra a presença dos policiais.

A reitoria chegou a ser invadida -acabou desocupada pela Tropa de Choque.

Parte dos alunos da universidade fez greve que se estendeu até o início deste ano.

De acordo com pesquisa divulgada pela Folha ano passado, 58% dos alunos entrevistados em 28 unidades dizem apoiar o policiamento.

REUNIÕES

Castro Júnior tem se reunido com à instituições ligadas à segurança pública. Esses contatos são vistos por alguns com um pedido de apoio caso de haja grande rejeição dos acadêmicos à indicação de um militar ao cargo.

A coordenação da segurança nos campi era feita pelo professor Adilson Carvalho.

O coronel Castro terá uma superintendência com orçamento próprio para reforçar e aumentar a estrutura da segurança nos campi. A USP tem reservado cerca de R$ 10 milhões para modernização de sua guarda e compra de equipamento, como câmeras.

Oficialmente, o órgão criado em fevereiro passado deverá "planejar, implantar e manter todas as atividades de interesse comum relacionadas à segurança patrimonial e pessoal" da escola.

Procurada, a assessoria de imprensa da USP disse que só hoje poderia passar informações sobre a escolha de militares para o órgão.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Com eu fui coordenador de segurança da UFRGS, posso afirmar das dificuldades que terá para inserirem seus conhecimentos, tendo em vista que não existe uma legislação específica que lhe dê salvaguardas na execuçõa de medidade preventivas e de contenção. Além disto, o Governo Federal e as Universidades não dão toda a atenção para a área de segurança universitária, oportunizando que os corpos de segurança existentes não condições de trabalho e nem seleção, formação, preparo e treinamento adequados para a execução das tarefas de segurança. O aspecto positivo é que sempre existe aqueles do corpo de funcionários que se destacam pela experiência e dedicação, oportunizando sucesso no trabalho em situações normais. Mas é preciso muito mais, principalmente a valorização da segurança universitária pelos Congressistas, autoridades e comunidade universitária. Desejo sucesso aos Oficiais.

quarta-feira, 21 de março de 2012

RECEPÇÃO VIOLENTA

UNIPAMPA - Jovem passa mal após trote - ZERO HORA 21/03/2012

Está internado na Santa Casa de Bagé, desde a noite de sexta-feira, Filipe Fernandes, 17 anos, estudante de Engenharia de Produção, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Ele passou mal depois de participar de um trote promovido pelos veteranos do curso, em que teria sido obrigado a ingerir uma grande quantidade de bebida alcoólica.

Desacordado, o jovem foi resgatado em uma praça no centro da cidade, pela família, que teria sido informada da situação por um colega.

– A participação dele foi voluntária, mas não sabia que seria obrigado a beber tanto. O pior é que o deixaram sozinho na rua – diz o irmão da vítima, Rafael.

Em nota, a reitora da Unipampa, Ulrika Arns, repudiou a ação dos alunos, se comprometeu a averiguar o caso e disse que uma comissão vai apurar os fatos.

quinta-feira, 1 de março de 2012

APESAR DA PROIBIÇÃO, ESTUDANTES DA USP FAZEM FESTA COM CERVEJA DENTRO DO CAMPUS


Apesar de proibição, estudantes da USP fazem festa com cerveja. COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, 01/03/2012 - 11h53

Alunos da USP que organizaram a festa da calourada unificada conseguiram driblar a proibição da reitoria e fizeram seu evento regado a cerveja na noite de quarta-feira (29). Eles já haviam encarados problemas com a entrada dos equipamentos de som e banheiros químicos que fariam parte da infraestrutura da festa. Na terça (28), caminhões com cerveja foram impedidos de entrar no campus da universidade.

"Todos os centro acadêmicos da USP têm contratos anuais com distribuidoras de cervejas. Se [o caminhão de cerveja] não entrou no dia [da festa], entrou em outro dia porque isso é corriqueiro na universidade", disse Nathalie Drumond, representante do DCE.

Estudantes da universidade, no entanto, afirmam que a entrada de cerveja no campus nunca foi um problema e que a proibição tem motivos políticos.

"A reitoria está fechando o cerco contra o movimento estudantil da USP, para tentar impedir suas atividades. É uma posição estritamente política", disse Nathalie.

"É uma medida pura simplesmente moralista do reitor, porque todos sabem muito bem que o movimento estudantil se financia através da sua auto-organização e isso inclui festas e a venda de cervejas e outras bebidas. A festa serviria para cobrir gastos do Movimento de Greve, da contratação dos equipamento e também para financiar todos os processos civis e administrativos contar estudantes que estão correndo", afirmou Beatriz, da organização estudantil Comando de Greve.

De acordo com a USP, uma norma interna sempre proibiu a entrada de bebida alcoólica no campus.

Os problemas que antecederam a realização da calourada não pararam por aí. Na tarde de ontem (29) caminhões com equipamentos de som e banheiros químicos foram barrados na portaria do campus. A ação da universidade fez com estudantes de direito ligados ao movimento estudantil e do Centro Acadêmico XI de Agosto (da Faculdade de Direito) a entrassem na discussão com a reitoria.

"A organização já havia protocolado na reitoria um aviso de que haveria um ato público de caráter artístico-político-cultura no dia 29, na calourada unificada", afirmou Beatriz.

Segundo Beatriz, o caminhão de som ficou aguardando por mais de cinco horas a autorização da entrada. Ela disse ainda que houve uma demora por parte da universidade para regularizar a situação e permitir a entrada dos equipamentos, que ocorreu após estudantes assinarem termos de responsabilidade pelos caminhões e equipamentos.

OUTRO LADO

A USP disse que a prefeitura do campus não havia sido notificada e recebido a documentação necessária sobre a festa com 30 dias de antecedência, conforme regulamento da universidade. Segundo ela, o cumprimento dessa norma é fundamental para que a universidade avalie as condições técnicas e de segurança do evento.

Sobre a proibição dos caminhões com equipamentos da festa, a universidade disse que eles foram barrados porque não tinham a autorização para entrar e foram liberados após serem apresentados os responsáveis pelo evento. A universidade reiterou que as normas internas sempre proibiram a entradade de bebida no campus.