sexta-feira, 20 de maio de 2011

A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA NA PUCRS E UFRGS

A segurança nas duas principais universidades da Capital - ZERO HORA ONLINE, 19/05/2011

As duas principais universidades de Porto Alegre apostam no efetivo de vigias e em câmeras de monitoramento instaladas pelos campi para garantir a segurança dos alunos. Veja os sistemas adotados pela PUCRS e UFRGS.

PUC tem 150 homens e 300 câmeras

Com cerca de 30 mil alunos no campus na Avenida Ipiranga, no bairro Partenon, a PUCRS tem 150 seguranças contratados pela própria instituição. O contingente conta com a ajuda de um sistema de monitoramento composto por 300 câmeras.

De acordo com o prefeito universitário Rogério Bianchini, a universidade optou por não usar arma de fogo. Os seguranças, treinados por meio de cursos, são equipados com bastão retrátil e rádio de comunicação. A instituição avaliou que, por ser um ambiente universitário e com circulação constante de pessoas, o uso de armas poderia ser perigoso.

Há 10 anos na administração do campus, Bianchini afirma que, atualmente, parte da viligância é formada por alunos da PUCRS.

— Encaramos isso (ter alunos entre seguranças) como um diferencial. Ele conhece o colega, sabe as pessoas que circulam, identifica a presença de pessoas estranhas ao ambiente.

O campus é cercado e os acessos são controlados, independente da existência de catracas, segundo Bianchini.

— Na dúvida, aborda-se a pessoa e pergunta se precisa de ajuda. Está é a orientação.

No último mês, quatro ocorrências foram registradas. Três terminaram em prisões, com o auxílio da Brigada Militar. A mais grave delas foi uma tentativa de assalto. As outras três foram de crimes conhecidos como furto de mãe grande — alunos que tiveram bolsas ou carteiras arrancadas e levadas por ladrões.

Outra situação comum na PUC é o furto por descuido — quando estudantes esquecem pertences na cidade universitária.

— Em geral, nosso índice de criminalidade é baixo. Os poucos (delitos) que existem não são pesados. No caso de furtos de celulares e carteiras esquecidos em salas de aula, não temos o que fazer — afirma Bianchini.

Desafio da UFRGS é garantir a segurança em quatro campi

Se na PUC os acadêmicos estão concentrados em um campus, na UFRGS os 30 mil estudantes frequentam aulas em quatro campi — Centro, Olímpico, Saúde e Campus Vale (na divisão com Viamão). Diferente da instituição particular, a principal universidade federal do Estado divide sua estrutura de segurança entre vigias contratados pela própria instituição, por meio de concurso público, e terceirizados — funcionários de uma empresa vencedora da licitação. Todos trabalham com armas de fogo.

— Por usarem armas, eles (seguranças) passam por uma série de treinamentos em escolas de segurança, inclusive na Academia Nacional de Polícia — afirma o coordenador de segurança da instituição, Daniel Augusto Pereira.

O esquema também conta com câmeras de segurança. No Campus do Vale, são 40 equipamentos. Nas demais unidades, a instituição prefere não informar os números. Alegando questões de segurança, a universidade também não informa a quantidade de vigias.

— Posso garantir que temos seguranças em todas as unidades, em qualquer prédio da UFRGS. Para complementar, usamos a tecnologia, com alarme e sistema de monitoramento — diz Pereira.

Neste ano, o Campus do Vale, alvo de reclamações dos estudantes, recebeu cercamento na divisa com o bairro Santa Isabel, em Viamão. A unidade tem um sistema que inclui o monitoramento de áreas externas. O crime mais grave registrado nas imediações da UFRGS foi no Vale — um latrocínio, em 2003.

Neste ano, a universidade ainda não contabiliza casos de violência, segundo o coordenador de segurança.

— O que recebemos são problemas no entorno dos campi, principalmente no Centro e no Saúde. Até o momento, não temos nenhum registro de furto ou assalto.

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