quinta-feira, 26 de maio de 2011

FORÇAS ESPECIAIS PRÓ-UNIVERSITÁRIOS

Dentro dos campus da UFRGS ainda há uma segurança razoável promovidas por agentes dedicados liderados pelo meu amigo Daniel, apesar das dificuldades nos campus da Agronomia e do Vale.

Entretanto, o problema está em torno dos campus, lado de fora, na rua. O policiamento deficiente do Estado que atua de forma superficial na periferia é que prejudica a segurança e o patrimônio dos estudantes universitários.

Seria importante a Brigada Militar criar uma força especial para o patrulhamento universitário permanente em torno dos Centros Universitários para dar apoio à segurança interna, promover intercâmbio de informações e encaminhar de forma rápida os atendimentos.

A Polícia Civil poderia colaborar com as volantes discretas e a Polícia Federal com formação e treinamento do pessoal da segurança interna da UFRGS e demais Universidades federais do Estado.

Aliás, está na hora da Polícia Federal se aproximar das Universidades Federais, e não agir apenas quando ocorrem delitos dentro do âmbito universitário federal.

Poderia começar com a organização, formação, treinamento, supervisão e controle externo das Guardas Universitárias Federais, legalizando e aperfeiçoando estas forças no exercício da prestação de segurança universitária, algo específico e diferenciado da segurança pública por se tratar de ambiente complexo e de conhecimento variado, mais próximo da segurança privada do que pública.

Esta aproximação possibilitará aos agentes de segurança maior credibilidade e confiança no desempenho das funções e uso de equipamentos como armas, acessórios, viaturas e equipamentos de defesa e monitoramento.

FURTO DE CARRO EM FRENTE AO CAMPUS DA UFRGS

FURTO EM PORTO ALEGRE/RS - Flagrante de ação de ladrões de carro - BIANCA ZANELLA, zero hora, 26/05/2011

Uma câmera de segurança flagrou a discreta ação de uma dupla que furta um carro em frente ao Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na Rua Ramiro Barcelos, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre. O crime ocorreu numa área onde as vagas de estacionamento costumam ser disputadas.

As imagens mostram quando dois homens conversam na calçada próximo a um Escort cor prata. Um deles, de camiseta branca, passa por trás do veículo e em seguida volta a se reunir com o segundo criminoso um pouco mais adiante, na calçada. Na sequência, um rapaz – que estava de camiseta preta – volta, contorna o veículo e entra pela porta do lado do motorista. Instantes depois, o carro arranca.

O carro pertence a uma estudante da UFRGS, que não quis se identificar, e foi recuperado um dia depois em Viamão, sem os bancos, o capô, a bateria e outras peças. ZH teve acesso às imagens por meio da estudante, que solicitou o vídeo à UFRGS depois de perceber que o recurso poderia ajudar a prender os criminosos. Ela confirma que o veículo levado é o dela.

O policiamento mantido no local, considerado um dos pontos críticos pela Brigada Militar, não foi suficiente para evitar o crime, que aconteceu na manhã da última sexta-feira, entre as 10h e o meio-dia. O tenente Miguel Luft, comandante do 2º Pelotão, afirma que havia pelo menos um policial atuando naquela área, a no máximo duas quadras de distância, no momento do furto, mas diz que o policiamento ostensivo é incapaz de combater este tipo de ação.

– Onde tem um policial fardado o criminoso não vai agir – afirma.

Câmera de segurança flagra furto de veículo em frente ao campus Saúde da UFRGS - Zero Hora; 25/05/11

Uma câmera de segurança flagrou a ação de uma dupla de bandidos que tranquilamente furta um veículo estacionado em frente ao Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na rua Ramiro Barcelos, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre. As imagens do furto, ocorrido na última sexta-feira, entre as 10h e o meio-dia, foram divulgadas nesta quarta-feira.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

MEDO DO CAMPUS


Assassinato de estudante da USP escancara a vulnerabilidade da universidade e retoma a discussão da necessidade de segurança armada na instituição - Patrícia Diguê - Revista Isto É, N° Edição: 2167, 20.Mai.11

Pegue uma área equivalente a 440 campos de futebol, encha de árvores e deixe com pouca iluminação, mande para lá todos os dias cerca de 100 mil pessoas, a maioria de bom poder aquisitivo e, para garantir a segurança, coloque guardas desarmados. Está dada a receita para a onda de crimes que assolou a maior universidade pública brasileira nos últimos meses e chegou ao limite com o assassinato à queima roupa de um estudante na noite da quarta-feira 18. Felipe Ramos Paiva, 24 anos, morreu com um tiro na nuca no estacionamento da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), após uma suposta tentativa de assalto.

O primeiro caso de roubo seguido de morte no campus chocou a comunidade acadêmica e parou nos últimos dias a instituição que se orgulha de ser a mais prestigiada do País. “Temos um problema concreto de segurança no campus”, reconheceu diretor da FEA, Reinaldo Guerreiro. “Somos roubados constantemente, é laptop que some, câmeras, computadores.” O fraco policiamento do campus é resquício da ditadura, quando a polícia era vista como inimiga e não havia tanta insegurança. Hoje o quadro é outro. O próprio Felipe já havia sido roubado duas vezes dentro do ônibus. “Eu tinha receio, porque acompanho as notícias e vi o que estava acontecendo”, disse o pai do estudante, Ocimar Florentino de Paiva, se referindo aos cinco casos de sequestros-relâmpago registrados entre março e abril na Cidade Universitária (leia quadro). Justamente por medo da violência o aluno do quinto ano de ciências atuariais havia comprado seis meses antes seu primeiro carro, um Passat blindado ano 1998. “Ele achava que ficaria protegido com isso, mas eu dizia: ‘Você não é blindado’”, relembra o pai.

Conforme testemunhas, Felipe saiu da aula por volta das 21h30, passou em um caixa eletrônico para sacar dinheiro e foi buscar o carro. Ele teria sido seguido por um rapaz. Os dois teriam discutido, lutado e, então, se ouviu o estampido. O estudante apresentava marcas no rosto e estava caído com a metade do corpo para dentro do carro, detalhes que levam a polícia a supor que ele resistiu a um assalto e tentou entrar no veículo para se proteger. O pai acredita nesta hipótese. “Ele sempre falava que não entregaria fácil o que tinha batalhado tanto para conquistar”, contou.

O reitor da USP, João Grandino Rodas, defende maior presença da Polícia Militar no campus, que hoje mantém 12 policiais e realiza duas blitze por dia no local. Atualmente a segurança é feita sobretudo por cem homens da Guarda Universitária, que não têm poder de polícia nem usam armas. A PM avisou que tem condições de reforçar o policiamento na Cidade Universitária. Mas a medida depende de aprovação do conselho gestor da universidade, representado por alunos, professores e funcionários. Os que se opõem defendem que, em vez de aumentar a presença de PMs armados, é preciso investir na prevenção, como a reforma na iluminação, a reestruturação da guarda e o maior controle nos portões de acesso. Um dia após a tragédia, a polícia divulgou retrato falado de um dos suspeitos.

Felipe trabalhava em uma consultoria de investimentos há três anos. “Ele era inteligente e ambicioso, mas também calmo e atencioso”, disse a namorada, Maiara Marins Lopes, 24 anos, com quem estava havia quatro anos e pretendia se casar em 2012. Apesar da dor, a mãe, Zélia Ramos Macedo de Paiva, é contra colocar mais gente armada no campus. “Causa mais violência, acredito em outros meios”, disse, durante o velório do filho. “Ele sempre se orgulhou de estudar na USP.”

sábado, 21 de maio de 2011

CRIME NAS USP

- OPINIÃO, O Estado de S.Paulo - 21/05/2011

Ocorrido o primeiro caso de latrocínio na Cidade Universitária, na quarta-feira passada, no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA), a Universidade de São Paulo (USP) terá de decidir se haverá suficiente policiamento ostensivo no câmpus, para proteger alunos, professores e funcionários, ou se o local continuará entregue à marginalidade.

Localizada ao lado de uma grande favela, a Cidade Universitária dispõe de uma Guarda Universitária que não pode andar armada e conta com apenas 130 agentes de segurança patrimonial, divididos em dois turnos, para proteger dezenas de prédios e fiscalizar seus estacionamentos. Entre janeiro e abril deste ano, os roubos aumentaram 13 vezes, os atos de violência cresceram 300% e, no período noturno, o câmpus vem sofrendo uma onda de sequestros relâmpago.

Mesmo assim, vários servidores, alunos e professores resistem - por motivos ideológicos - à presença da Polícia Militar (PM) no câmpus. Seguidores de micropartidos de esquerda, eles associam a PM à "opressão" e à "repressão" e alegam que o patrulhamento da Cidade Universitária pela corporação comprometeria a "autonomia da USP".

Os argumentos são pueris, mas esses grupos controlam o Diretório Central dos Estudantes, o Sindicato dos Funcionários (Sintusp) e a Associação dos Docentes da USP (Adusp), além de exercer forte influência na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. A insegurança no câmpus "é um problema de toda a sociedade e não só da USP", diz o presidente da Adusp, João Zanetic. Em nota, o Sintusp acusa a PM de promover "agressões e espancamentos" e reivindica uma segurança "exercida só por trabalhadores da USP".

Segundo o reitor João Grandino Rodas, "essa minoria é ativa e barulhenta" e, por causa de sua resistência à PM, "a corporação também não quer entrar na Cidade Universitária para ser cuspida em situações de enfrentamento". É por isso, diz ele, que nos últimos meses "o câmpus se converteu em terra de ninguém".

Por causa do aumento da violência criminal, há três semanas o Comitê Gestor da USP - integrado por diretores das unidades de ensino, pesquisa e museus e por representantes de alunos e funcionários - aprovou um plano de segurança emergencial para a Cidade Universitária. Depois do assassinato de Felipe Ramos de Paiva, aluno do 5.º ano de Ciências Atuariais da FEA, o Conselho reuniu-se na sexta-feira para rever o plano e debater a presença da PM no câmpus. Como era de esperar, os grupos de esquerda fizeram barulho e o encontro deixou frustrado quem reivindicava mais segurança no câmpus. Depois de muitas discussões, o Conselho rejeitou as propostas - encaminhadas pela FEA - de aumento do efetivo da Guarda Universitária e de adoção de medidas de controle do acesso à Cidade Universitária. A única providência concreta foi o encaminhamento, ao reitor, de um pedido para a formulação de um "protocolo" que defina a forma de patrulhamento do câmpus pela PM.

Na prática, isso significa que o problema da segurança na Cidade Universitária continuará sem solução. Mesmo que a Reitoria elabore o tal "protocolo", os membros do Conselho Gestor já deixaram claro que poderão rejeitá-lo, se discordarem do "modelo de policiamento" que for proposto. Além disso, afirmou o professor José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica e presidente do Conselho Gestor, caberá à comunidade acadêmica definir os limites da atuação da Polícia Militar. "A preocupação em relação às lembranças do tempo da ditadura será levada em consideração", disse ele ao término da reunião.

Tendo resultado numa tragédia que poderia ter sido evitada, a crise de insegurança da Cidade Universitária dá a dimensão do que vem ocorrendo na mais importante instituição brasileira de ensino superior. Seus órgãos colegiados são cada vez mais controlados por minorias estridentes e obtusas, que invocam a autonomia universitária como se a USP fosse um ente à margem do Estado e da sociedade que a sustentam.

USP DEVE TER BASE E PMs DE BICICLETA

USP deve ter base e PMs de bicicleta. Em reunião após morte de aluno, conselho aprova maior presença da polícia no câmpus, com rondas em bancos e estacionamentos. 21 de maio de 2011 - Vitor Hugo Brandalise e Felipe Mortara - O Estado de S.Paulo/COLABOROU FELIPE FRAZÃO

A Polícia Militar planeja promover ações específicas para a Universidade de São Paulo (USP), como reforço do patrulhamento próximo aos estacionamentos, rondas policiais de bicicleta de dia e policiamento a pé na área das agências bancárias do câmpus no Butantã, zona oeste da capital. A instalação de base comunitária também é estudada.

O aval para a PM atuar dentro da Cidade Universitária foi concedido ontem pelo Conselho Gestor do Câmpus da USP, em reunião extraordinária convocada pelo reitor, João Grandino Rodas, após o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, na noite de quarta-feira.

"Essas são algumas ações estudadas para a universidade, pelas características que percebemos no local. A decisão virá nos próximos dias, assim que a universidade apresentar sua demanda", disse o coronel Marcos Roberto Chaves, comandante do Policiamento da Capital. Hoje, a PM age na USP só em operações especiais, ou quando é solicitada pela Guarda Universitária.

Após a decisão quase unânime - dois dos 40 conselheiros votaram contra -, uma nova reunião deve ser convocada para definir como será e quando entra em vigor a parceria com a PM. "Será elaborado um protocolo para definir os limites da ação policial e (a polícia) estará no câmpus o mais rápido possível", disse o presidente do Conselho Gestor, José Roberto Cardoso.

No mês passado, a PM também sugeriu à USP reforço na fiscalização das portarias, melhorias na iluminação do câmpus e reparos no muro que separa a universidade da Favela São Remo. "Desde 18 de abril, a Guarda Universitária informa diariamente a PM sobre as ocorrências registradas no câmpus. A partir dessas informações, estamos fazendo um planejamento detalhado e direcionado para o problema lá dentro", afirmou o coronel Theseo Toledo, do Comando Regional Oeste da PM.

A USP afirma que essas melhorias "estão em curso" desde 3 de maio, quando foi definida a elaboração de um "plano emergencial de segurança". A primeira medida será melhorar a iluminação - o edital de licitação será publicado na semana que vem. "Haverá reforço na guarda, mais câmeras e reparo nas existentes", disse Cardoso.

Oportunista. Para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP, que votou contra a presença da PM, trata-se de "medida oportunista". "A cidade toda é policiada e não é isso que resolve a questão", disse o estudante Thiago Aguiar, de 22, diretor do DCE. O outro voto contrário foi da diretora da Faculdade de Educação, Lisete Arelaro.

O Centro Acadêmico da FEA se pronunciou a favor da decisão. Para seus integrantes, deve haver uma "convivência harmônica entre policiais e alunos". No entanto, a entidade diz que os problemas de segurança não serão resolvidos apenas com a PM.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

REITOR VAI COBRAR AÇÕES DA POLÍCIA


Após assassinato, reitor vai cobrar mais polícia na USP - CRISTINA MORENO DE CASTRO, DE SÃO PAULO -FOLHA ONLINE 20/05/2011

A morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, 24, assassinado a tiros em um estacionamento na USP, na noite de quarta-feira, é uma chance de discutir a maior presença da Polícia Militar no campus, na opinião do reitor da universidade, João Grandino Rodas.

Para os alunos, a questão é controversa --o Diretório Central dos Estudantes, por exemplo, é contra. Em carta à reitoria, estudantes da FEA (unidade em que Felipe estudava) alegam que a perda do colega "escancara" a necessidade de discutir o problema da insegurança dentro da Cidade Universitária, mas não pedem maior presença da PM.

Leia a íntegra da entrevista com o reitor da USP, João Grandino Rodas:

Folha - O que foi decidido pelo Conselho Gestor no Plano Emergencial de Segurança da USP, feito em 3 de maio, e o que se pensa em mudar agora?

João Grandino Rodas - Esse conselho do campus é um colegiado representativo de professores, funcionários e alunos, independente da reitoria. Pode falar em nome da comunidade mais do que uma pessoa física como eu. A problemática da segurança no campus é antiga, muito embora possa se dizer, principalmente com o evento de ontem, que a coisa culminou em algo mais grave do que tinha acontecido antes. Há três semanas eles se reuniram e fizeram propostas. Por exemplo, que todos os campi providenciassem planos de segurança. Isso são planos que podem funcionar em médio prazo.

Nossa polícia universitária é patrimonial e desarmada. Não adianta aumentar seu efetivo porque ela não é armada e não causa dissuasão em ninguém, principalmente em bandido. Sobrou um grande ranço e daí há aquela ideia de que o campus é um território livre e a polícia militar não entra. A rigor, ninguém pode impedir que ela entre, mesmo porque está na Constituição. Mas o fato de existir essa ideia faz com que o campus se transforme num lugar muito fácil para a bandidagem.

Porque, em primeiro lugar, durante o dia, qualquer pessoa entra lá pelas portas oficiais. E nós sabemos que o campus não é totalmente blindado, é uma fronteira porosa. Entram-se por outros lados. Se a gente junta o fato de o campus ser enorme, com 400 mil metros quadrados, de que praticamente não há limitação de entrada, e que a polícia não faz nem as blitze preventivas porque a comunidade não acha de bom alvitre, temos um lugar perfeito pro crime de todos os naipes.

Estamos vendo crimes violentos e graves hoje, mas temos muitos outros. Temos uma comunidade de mais de mil alunos menores de idade. E temos pessoas muito jovens, que, de repente, saem de lugares mais protegidos e são lançadas num lugar sui generis da capital do Estado.

Não se pode mais ficar discutindo segurança como se discute o sexo dos anjos. É necessário que o conselho dê embasamento sólido para a tomada de providências _que podem até desgostar alguma minoria, mas que deem segurança à maioria. Considerava quando tomei posse e continuo considerando a cidade universitária como terra de ninguém.

Sobre a questão de iluminação, já existe uma licitação feita, que vai iluminar todos os 400 mil metros de uma forma totalmente moderna, mas vai estar pronta em um ano. Não podemos esperar um ano. Não podemos imaginar que bandidos vão se amedrontar com um guarda que não é armado absolutamente, e num lugar onde não há nem sequer as blitze da polícia.

Não cabe a uma pessoa da USP, nem mesmo o reitor, assumir posições heroicas, que depois serão contestadas por grupos pequenos e não serão apoiadas pela maioria dormente, que vai deixar a situação pior do que está. Se não houver uma vontade da própria comunidade da USP ou da comunidade paulista em dar um respaldo mínimo para que aconteça lá dentro o mesmo que pode acontecer em qualquer outro lugar ou seja, blitze normais da única corporação que, pela constituição, tem o poder de polícia para fazê-lo, vai ficar como está ou piorar muito a situação.

A maioria da comunidade da USP não aceita, mas não abre o bico. Se alguém toma alguma providência, não apoia. E aí, 40 ou 50 fazem as manchetes do jornal.

Se a gente não conseguir tirar esse aspecto positivo da tragédia que ocorreu, vamos continuar piores do que estamos.

Mas o que definiram exatamente no plano emergencial de 3 de maio?

Recomendações, como por exemplo: novas reuniões em outros campi para que fizessem programas [de segurança]. São coisas importantes, mas não respondem à questão crítica que se foi demonstrada ontem. Pode aumentar o efetivo da guarda universitária, mas nunca vai ter o poder de polícia nem o poder dissuasório com referência a malfeitores, porque não é nem armada. Precisaria uma posição mais clara. Claro que ninguém está forçando essa posição, mas se não for tomada, vamos ficar exatamente do jeito que está. Porque eu pessoalmente não tenho competência para isso e mesmo que me arrogasse a tomar uma posição, ela vai ser inócua sem o apoio da comunidade. Não tocam nessa questão do poder de polícia de maneira nenhuma.

Até o crime de quarta, as recomendações eram apenas quanto à iluminação e aumento do efetivo da guarda?

Coisas desse sentido. De fazer um plano... Isso tudo é importante, mas a questão de segurança é um conjunto.

A ideia é que amanhã [hoje] tomem medidas mais concretas?

Medidas emergenciais. Aquelas todas são boas, mas não emergenciais. Se a comunidade não se pronunciar a favor, não vai ser o reitor que vai dar uma de Dom Quixote e ficar lutando contra moinho de vento.

Depende apenas do Conselho Gestor essa decisão sobre aumento do policiamento militar?

Se essa comissão, que é representativa, disser que é importante que se façam dentro da Cidade Universitária, de forma regular... O que a gente diz é pura e simplesmente o poder de polícia normal, preventivo, ninguém está falando em impedir estudante de fazer demonstração. Se não se fizer isso, face a esse momento no mundo todo de aumento de criminalidade... É claro que a criminalidade procura os lugares mais fáceis. E hoje está sendo extremissimamente fácil fazer crime dentro da Cidade Universitária, pela inércia de todos nós dentro da cidade.

Mas a comissão tem poder pra definir isso?

É só dizer que a USP reconhece a necessidade daquela atitude constitucional. Não vai autorizar ninguém, a constituição já autoriza. Mas esse estado de coisas faz com que não exista praticamente [policiamento]. Aquilo acaba sendo um santuário de bandido.

E qual o procedimento depois da decisão, caso definam a questão da PM?

Aí simplesmente o reitor, representando a universidade, oficia o secretário de segurança, dizendo que a universidade, com apoio comunitário, solicita que, da mesma forma como fazem em outros lugares, passem a fazer blitze preventivas de segurança, e nada mais do que isso, com referência à cidade universitária, uma vez que tem acontecido tais e tais coisas noticiadas. Precisa ter um tratamento de choque neste momento.

Não existem essas blitze hoje por causa da resistência da comunidade acadêmica ou por uma falha da SSP?

São grupos pequenos de resistência, mas muito efetivos. Aparecem na mídia, fazem cartazes e são barulhentos. Claro que não retiram o direito que a Constituição dá [à PM], mas desestimulam impressionantemente. Quem tem maior culpa nisso? Tem mais a própria universidade, que mostra, por razões históricas absolutamente ultrapassadas... Naquela época era uma ditadura, são outros tempos. Se é um lugar em que existe, por parte de pequenos grupos, um enfrentamento, xingamento, e outras coisas desse gênero, que já se assistiu no passado, como cuspir nos policiais... Se houver uma expressão da comunidade, esses grupos vão ficar limitados. Mas se a maioria não faz nada, você acha que a polícia vai entrar lá pra ser chutada, pra ser cuspida?

O sr. recebeu as reivindicações do Centro Acadêmico da FEA?

Resumidamente, são cartas muito bem feitas, eles fizeram uma reunião com vários acadêmicos. Mas em nenhum momento e é o Centro Acadêmico do rapaz que morreu se fala dessa questão que estamos tocando [da polícia]. Nada.

O que mais poderia ser feito já, além da PM?

A polícia preventiva poderia se articular com a nossa polícia. Isso é uma das coisas que se pode fazer. Iluminação é uma coisa que estará pronta daqui a um ano, porque é mudança completa de tudo o que existe.

E controle das entradas, é discutido?

É outra coisa que, se for colocada, vai haver uma grita absoluta. Mais até do que a questão de blitze policial. Não temos nenhum controle. Só à noite. E nós temos fronteiras porosas lá dentro. Não adianta bloquear aqueles três portões oficiais.

E existem as portas de acesso a pedestre que nem têm controle à noite, né?

Tem, várias. Veja que o próprio Centro Acadêmico não tocou no assunto, e o colega deles é que morreu. Essa carta vai ser levada ao conselho, mas eles já não disseram nada. Isso mostra bem a impossibilidade de uma pessoa, no caso o reitor, tomar qualquer providência.

Nas reuniões que fizeram ontem eles tocaram nesse assunto [da Polícia Militar].

Na carta não saiu nada. Puseram só coisas consensuais. Mas se ficar no consensual, vai morrer mais gente com consenso ou sem. Qual a outra solução? Se a Constituição diz que a única que tem poder de polícia é a PM e nenhum outro tem, vamos esperar um ano para ficar com o campus iluminado? Quantas pessoas vão morrer? Eles falaram, falaram, falaram, se reuniram com 300, e não tocam nesse assunto.

Houve aumento de sequestros e crime neste ano, né?

Não tenha dúvida. Onde o bandido vai? Vai no lugar onde tem menos risco. E hoje o risco dentro da Cidade Universitária é baixíssimo porque a probabilidade de encontrar a polícia é zero, ou quase zero _e não culpo a polícia de maneira nenhuma, por aquelas questões. Depois de um evento desses, o CA se reúne e faz toda uma arenga e não coloca nada sobre isso... Mostra a dificuldade que a comunidade tem. E é por isso que a própria Comissão, que vem há anos e anos se reunindo, fica aquela conversa, mas não toca o ponto concreto. O que que se pode fazer de tratamento drástico nesse momento com referência a isso? Ninguém toca. É um tabu.

Desde abril a PM tem feito mais blitze...

Nós não temos nenhuma ligação com isso, não tenho nenhuma informação a respeito dessas questões. Poder fazer ela pode. Mas existe esse afastamento [entre] universidade e policiamento preventivo. Se num momento gravíssimo como esse todo mundo faz de conta que aquilo não existe, imagina num momento comum?

Mas eu queria saber por que têm feito desde abril e mesmo assim...

Precisa ver se fazem em número suficiente, ou se é mera passagem. A Cidade Universitária é usada como passagem para cortar caminho, é usada para estacionar ônibus fretados, estacionar caminhões. E vai ficar muito pior agora que será vizinha do metrô. Vai aumentar o número de pessoas e obviamente vai aumentar também o número de ocorrências, principalmente num lugar em que, mesmo acontecendo tudo isso, a comunidade faz de conta que não vê.

A SITUAÇÃO DA SEGURANÇA NA PUCRS E UFRGS

A segurança nas duas principais universidades da Capital - ZERO HORA ONLINE, 19/05/2011

As duas principais universidades de Porto Alegre apostam no efetivo de vigias e em câmeras de monitoramento instaladas pelos campi para garantir a segurança dos alunos. Veja os sistemas adotados pela PUCRS e UFRGS.

PUC tem 150 homens e 300 câmeras

Com cerca de 30 mil alunos no campus na Avenida Ipiranga, no bairro Partenon, a PUCRS tem 150 seguranças contratados pela própria instituição. O contingente conta com a ajuda de um sistema de monitoramento composto por 300 câmeras.

De acordo com o prefeito universitário Rogério Bianchini, a universidade optou por não usar arma de fogo. Os seguranças, treinados por meio de cursos, são equipados com bastão retrátil e rádio de comunicação. A instituição avaliou que, por ser um ambiente universitário e com circulação constante de pessoas, o uso de armas poderia ser perigoso.

Há 10 anos na administração do campus, Bianchini afirma que, atualmente, parte da viligância é formada por alunos da PUCRS.

— Encaramos isso (ter alunos entre seguranças) como um diferencial. Ele conhece o colega, sabe as pessoas que circulam, identifica a presença de pessoas estranhas ao ambiente.

O campus é cercado e os acessos são controlados, independente da existência de catracas, segundo Bianchini.

— Na dúvida, aborda-se a pessoa e pergunta se precisa de ajuda. Está é a orientação.

No último mês, quatro ocorrências foram registradas. Três terminaram em prisões, com o auxílio da Brigada Militar. A mais grave delas foi uma tentativa de assalto. As outras três foram de crimes conhecidos como furto de mãe grande — alunos que tiveram bolsas ou carteiras arrancadas e levadas por ladrões.

Outra situação comum na PUC é o furto por descuido — quando estudantes esquecem pertences na cidade universitária.

— Em geral, nosso índice de criminalidade é baixo. Os poucos (delitos) que existem não são pesados. No caso de furtos de celulares e carteiras esquecidos em salas de aula, não temos o que fazer — afirma Bianchini.

Desafio da UFRGS é garantir a segurança em quatro campi

Se na PUC os acadêmicos estão concentrados em um campus, na UFRGS os 30 mil estudantes frequentam aulas em quatro campi — Centro, Olímpico, Saúde e Campus Vale (na divisão com Viamão). Diferente da instituição particular, a principal universidade federal do Estado divide sua estrutura de segurança entre vigias contratados pela própria instituição, por meio de concurso público, e terceirizados — funcionários de uma empresa vencedora da licitação. Todos trabalham com armas de fogo.

— Por usarem armas, eles (seguranças) passam por uma série de treinamentos em escolas de segurança, inclusive na Academia Nacional de Polícia — afirma o coordenador de segurança da instituição, Daniel Augusto Pereira.

O esquema também conta com câmeras de segurança. No Campus do Vale, são 40 equipamentos. Nas demais unidades, a instituição prefere não informar os números. Alegando questões de segurança, a universidade também não informa a quantidade de vigias.

— Posso garantir que temos seguranças em todas as unidades, em qualquer prédio da UFRGS. Para complementar, usamos a tecnologia, com alarme e sistema de monitoramento — diz Pereira.

Neste ano, o Campus do Vale, alvo de reclamações dos estudantes, recebeu cercamento na divisa com o bairro Santa Isabel, em Viamão. A unidade tem um sistema que inclui o monitoramento de áreas externas. O crime mais grave registrado nas imediações da UFRGS foi no Vale — um latrocínio, em 2003.

Neste ano, a universidade ainda não contabiliza casos de violência, segundo o coordenador de segurança.

— O que recebemos são problemas no entorno dos campi, principalmente no Centro e no Saúde. Até o momento, não temos nenhum registro de furto ou assalto.

INSEGURANÇA NOS CAMPI - COMO SE PREVENIR

Insegurança nos campi: como se prevenir da violência e o que as universidades do RS têm feito. Assunto veio à tona após morte de estudante dentro de campus da USP, em São Paulo - ZERO HORA 19/05/2011

A morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, no estacionamento do campus da Universidade de São Paulo (USP) localizado na região do Butantã, zona oeste de São Paulo, trouxe à tona a questão sobre a falta de segurança no local. A vulnerabilidade foi admitida pelo próprio diretor da Faculdade Economia de Administração (FEA), Reinaldo Guerreiro. Segundo ele, o fato de o campus ser muito grande e ter muitas árvores facilitou a ação de bandidos.

De acordo com levantamento divulgado pelo Jornal Hoje, os registros mostram que o número de furtos no local saltou de quatro em janeiro para 23 em abril. O índice de roubos passou de um para 13, no mesmo período. Os casos de roubo de carro passaram de dois no começo de 2011 o para 12. Já o total e casos de violência aumentou mais de três vezes, de 25 ocorrências em janeiro para 77.

No caso das universidades federais, um decreto publicado em 1997 permite a contratação de empresas terceirizadas para fazer a segurança nos campi. É o caso da UFRGS — apesar de manter servidores contratados pela universidade trabalhando como seguranças, optou por também delegar parte do trabalho a uma empresa privada.

Mesmo assim, alunos do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufrgs apontam a existência de áreas vulneráveis nos campi da universidade, como o Campus do Vale, por exemplo:

— À noite, a iluminação não é suficiente em diversos pontos do campus. A entrada não é controlada e nos preocupa a circulação de pessoas desconhecidas entre os alunos. É uma reclamação bem frequente dos estudantes—afirma o aluno de Matemática Guilherme Andreis, integrante do DCE.

Segundo ele, o assunto foi levado à Coordenadoria de Segurança da Ufrgs em uma reunião realizada no início do mês.

Como se prevenir

A ideia de circular em um campus universitário, para muitos, traz em si uma sensação de segurança. Dificilmente, o lugar é relacionado a algum crime. No entanto, o delegado Juliano Ferreira, titular da Furtos e Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), alerta para o fato de que, mesmo em locais aparentemente seguros, é preciso prestar atenção a determinados comportamentos.

— Evite, por exemplo, falar sobre a rotina da sua família, sobre negócios ou valores a receber em determinados grupos de conversa em que possam estar pessoas que não são da sua confiança. Essas informações privilegiadas podem ser usadas por informantes, ou conhecidos de pessoas relacionadas à criminalidade — afirma.

Abaixo, veja outras dicas para garantir sua segurança, segundo o delegado:

— evite ficar por último na sala de aula, ou ser o último a deixar o estacionamento da universidade;

— procure estacionar em vagas bem iluminadas, próximas a locais onde há circulação de pessoas;

— evite deixar o carro na rua, fora do perímetro da universidade; se não houver opção no campus, opte por um estacionamento pago;

— não forneça informações sobre sua renda, rotina da família a pessoas que não são de sua confiança;

— evite andar desacompanhado, principalmente em locais de menor movimento;

— jamais reaja à abordagem de um criminoso.

ABUSO SEXUAL EM CAMPUS UNIVERSITÁRIO

Aluna é vítima de abuso sexual em campus da Universidade Federal do Acre. Jovem de 19 anos foi abordada por um homem armado em parada de ônibus - zero hora 20/05/2011

Uma aluna da Universidade Federal do Acre (Ufac) foi vítima de abuso sexual no campus da capital, Rio Branco, na noite de quinta-feira. Segundo o site da da Ufac, a vítima tem 19 anos e é estudante do curso de Enfermagem. As informações são da Folha de S. Paulo.

A jovem estava em uma parada de ônibus quando foi abordada por um homem armado, que a teria obrigado a entrar em um carro. Em seguida, o veículo se deslocou a outra parte do campus, onde a garota acabou espancada e abusada sexualmente. A polícia não identificou o homem.

Alunos do curso de Enfermagem estão organizando um protesto pela falta de segurança na universidade, marcado para esta sexta-feira.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

VOCÊ SE SENTE SEGURO NOS AMBIENTES DA SUA UNIVERSIDADE?

ENVIE MENSAGENS E FOTOS DOS LOCAIS DE RISCO PARA ESTE BLOG. CONTATO: bengo54@gmail.com

"Estudo na PUCRS e me sinto segura até um pouco antes do pórtico de entrada, pois a equipe de segurança da Universidade é grande. Mas eles não podem impedir que pessoas estranhas entrem, visto que ali é uma passagem para a Av. Bento Gonçalves. Logo, alguns locais, é preciso observar, principalmente pela noite. Teria um problema a destacar: a entrada de estranhos nos prédios, facilitando os pequenos furtos, que já são conhecidos entre os estudantes..eu sou à favor do uso de catraca em cada entrada, como foi feito no Instituto de Artes da UFRGS, após algumas incomodações com pessoas que não eram estudantes da Universidade.

Deixo aqui a minha profunda tristeza pelo caso da USP, que não é de hoje que sofre com insegurança, pois até jovens que andam de bicicleta perto do campus, são agredidos e suas bicicletas levadas.

Que tomem alguma atitude, que não fique no deixa como está, como fizeram no caso da morte do estudante oriental, que foi morto numa piscina, em um trote...lembram?!"

- Samantha Bittencourt, Porto Alegre - RS - Brasil, ZERO HORA, 19/05/2011 - 11:05

ESTUDANTE MORRE BALEADO NO ESTACIONAMENTO DA USP

Estudante morre baleado dentro do estacionamento da USP. Alunos planejam protesto na manhã desta quinta-feira - AGÊNCIA ESTADO, zero hora 19/05/2011

O estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, aluno do 5º ano de Ciências Atuariais, foi morto com um tiro na cabeça por volta das 22 horas de quarta-feira no estacionamento da Universidade de São Paulo (USP), na qual entrou em 2007. Testemunhass, ao ouvirem um tiro e ver um suposto assaltante correr, acionaram a Guarda Universitária. O corpo de Felipe foi encontrado entre dois carros, um deles com a porta aberta. O caso será registrado no 93º Distrito Policial, do Jaguaré.

O Centro Acadêmico da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) planeja um protesto, com início às 7h desta quinta-feira, em razão do assassinato. A meta é mobilizar os cerca de 3 mil alunos de graduação e pós-graduação.

—Vamos realizar um protesto em frente à faculdade e mostrar para todos a falta de segurança não só na FEA, mas em todo o campus. Vamos tentar mobilizar o maior número de pessoas possível através do Facebook —afirmou Antonio Raviolli, de 20 anos, diretor do Centro Acadêmico da FEA.

Faculdade da USP suspende aulas após morte de estudante. Aluno de Ciências Atuariais foi morto no estacionamento da faculdade, na noite de ontem - AGÊNCIA ESTADO - zero hora 19/05/2011

As aulas no centro acadêmico da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) estão suspensas hoje nos períodos da manhã e da noite. A decisão foi tomada após a morte de um aluno, na noite de ontem, no estacionamento do câmpus, no Butantã, na zona oeste da capital paulista.

Nesta manhã, os alunos da unidade se reuniram em frente à faculdade, por volta das 8h, em protesto contra a morte de Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, aluno do curso de Ciências Atuariais. Os estudantes fizeram uma caminhada até a reitoria da universidade a fim de entregar uma carta aberta para exigir mais segurança no câmpus.

Felipe de Paiva foi assassinado no estacionamento da faculdade, por volta das 21h30, durante luta corporal com um suposto assaltante. Um guarda universitário ouviu um disparo e correu para o local. O corpo de Felipe estava perto de seu carro blindado. Testemunhas contaram à polícia que, logo após sair da aula, Felipe foi seguido por um homem até o estacionamento.

Após abordagem, o estudante entrou em luta corporal com o suposto assaltante, que estava armado. A vítima tentou entrar no carro para se proteger, mas não teve tempo. Após balear o jovem, o criminoso fugiu sem levar nada.

O corpo do estudante será enterrado na tarde de hoje em Caieiras, na Grande São Paulo. O enterro está marcado para as 16h, no Cemitério da Saudade, mesmo local em que é realizado o velório do jovem.