sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PF E ANATEL FECHAM RÁDIO UNIVERSITÁRIA COM 20 ANOS DE EXISTÊNCIA

Rádio Pulga. Polícia Federal e Anatel fecham rádio universitária do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ - 22/09/2011 às 15h52m; O Globo

RIO - Agentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) com apoio da Polícia Federal fecharam na manhã desta quinta-feira a rádio universitária Pulga, localizada dentro do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, no Largo São Francisco, Centro do Rio. Segundo os estudantes, os fiscais da Anatel entraram no campus a paisana, sem autorização da direção e sem mandado de busca e apreensão.

- Eles chegaram alegando que vieram fazer uma medição do equipamento de transmissão, mas foram lacrando tudo rapidamente e chamando a Polícia Federal - diz um dos alunos que trabalham na rádio.

Para o defensor público da União André Ordagcy, que estuda uma medida judicial para recuperar o equipamento da rádio, a Anatel fora da constituição federal.

- A Lei 1.472 do ano de 97 no artigo 19 autoriza a Antael a fazer busca e apreensão dos equipamentos, mas esse mesmo artigo foi considerado inconstitucional. Eles não poderiam agir dessa maneira - explica.

Ainda de acordo com o defensor, a Anatel apreendeu os equipamentos alegando que a rádio operava irregularmente.

- Só agora, depois de 20 anos de existência é que a Antel veio descobrir isso - diz.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

CAMPUS DA USP TERÁ POLICIAMENTO APROXIMADO

Policiamento Reforçado. PM vai atuar permanentemente no campus da USP. O GLOBO, 8/09/2011 às 20h51m - Guilherme Voitch

SÃO PAULO - A Polícia Militar (PM) de São Paulo irá atuar com até 30 homens, de forma permanente, na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP), na Zona Oeste da capital paulista. O anúncio foi feito nesta quinta-feira e reuniu representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP), da PM e da USP.

Embora não houvesse restrição legal para a atuação da polícia no campus, a presença da PM era evitada e a segurança realizada pela guarda universitária, instituição privada que não tinha permissão para uso de armas de fogo.

Em maio deste ano, o estudante de Ciências Atuariais da Faculdade de Economia e Administração (FEA) Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi assassinado dentro do campus, em uma tentativa de assalto. A morte de Paiva reabriu a discussão sobre a presença da polícia no campus, já que os assassinos deixaram o local sem serem incomodados e a PM demorou a ser avisada sobre o crime.

Parte da comunidade acadêmica, no entanto, associa a presença da PM à repressão a manifestações realizadas dentro da instituição, principalmente durante a época da ditadura militar.

- Isso é um reflexo de uma outra época, de um outro período. A situação hoje é completamente diferente - disse o coronel Álvaro Batista Camilo, comandante geral da PM.

O reitor da USP, João Grandino Rodas, enfatizou que haverá nenhuma mudança em relação ao direito de manifestação dos estudantes.

- Não muda nada. Não haverá interferência. A polícia estará lá para dar mais segurança para funcionários, professores e alunos.

O tom mais duro ao comentar a "restrição" ao trabalho da polícia no campus partiu do secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto.

- Em nenhum lugar existe território sem presença de polícia no Brasil. Agora a polícia volta à USP. Lamentamos que esse avanço só seja possível depois da tragédia que levou a vida de um estudante - afirmou.

Os policiais que irão atuar na USP receberam treinamento especial e farão várias rondas no campus com motos e carros. Inicialmente não haverá uma base fixa dentro do campus. A USP também prometeu melhorar a iluminação em alguns trechos e estabelecer um "maior controle de entrada e saída de pessoas na universidade".

O trabalho da PM também será levado para USP Leste, para a Faculdade de Direito, os museus e ao campus da USP em Santos.

- Na verdade, no Largo de São Francisco sempre existiu uma relação muito boa. A menor aceitação estava mesmo na Cidade Universitária - afirmou Camilo.
Nos campus de São Carlos e Ribeirão Preto, por enquanto, não há previsão de presença dos policiais.

Aproximação

O reitor da USP também disse que a universidade buscará uma aproximação com as comunidades carentes que moram ao lado do campus e que elas serão inseridas nos serviços prestados pela instituição.

USP e PM também pretendem intensificar um intercâmbio na área acadêmica, levando professores da Universidade para ministrarem aulas na Academia de Polícia.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

TIROS NA UFSC - TIROS NO ESTACIONAMENTO FEREM TRÊS

Homem fere três no estacionamento. Cerca de 40 pessoas estavam no local quando a confusão aconteceu - DIÁRIO CATERINENSE, 05/09/2011

Segue foragido um homem suspeito de atirar em três pessoas no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O crime aconteceu na madrugada de sábado no estacionamento do Centro Sócioeconômico (CSE). Foi o segundo caso de violência no local desde julho.

A confusão começou por volta das 2h. Um homem disparou contra um grupo de rapazes, Apenas ele estaria armado. As vítimas teriam revidado com socos e pontapés. Houve corre-corre e gritaria.

Segundo a PM, no momento do crime, havia cerca de 40 pessoas no local bebendo e ouvindo música. Quando a a segurança do campus chegou, o atirador já havia fugido.

No local não há câmeras de segurança, mas a polícia diz ter identificado o suspeito. Segundo o comandante do 4º Batalhão da PM, Araújo Gomes, o homem tem 35 passagens pela polícia, por furto, roubo, receptação e outros crimes. Ele seria baixo e um pouco gordo, segundo as testemunhas e uma das vítimas.

As vítimas foram levadas ao Hospital Universitário. Um homem continua internado em observação. Ele foi operado e passa bem. Os outros dois acabaram sendo liberados. Os motivos da discussão não estão claros. Nenhum deles quis comentar o caso.

O caso será investigado pela 5ª Delegacia de Polícia, no Bairro Trindade. A universidade

Segunda ocorrência em dois meses

Em dois meses, esta foi a segunda ocorrência violenta registrada no CSE da Universidade Federal. No dia 5 de julho, uma estudante de 23 anos levou uma facada no pescoço durante um assalto.

Um adolescente de 17 anos abordou a moça quando ela chegava ao campus por volta das 7h. Ele roubou a bolsa e um anel da menina. O jovem acabou apreendido horas depois. Ele já havia assaltado e agredido outra moça na mesma região um mês atrás.