sexta-feira, 26 de outubro de 2012
ALUNOS PEDEM SEGURANÇA NA UFRGS
ZERO HORA 26 de outubro de 2012 | N° 17234
CAMPUS DO VALE
Dezenas de estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) fizeram ontem um protesto contra a falta de segurança no Campus do Vale. Os alunos defendem a contratação de funcionários federais para realizar a segurança do campus, onde teriam ocorrido três estupros este ano. Com slogans como “Campus seguro é campus ocupado”, os manifestantes fizeram uma passeata no horário do almoço.
– Há mais de 10 anos não existe concurso para a segurança universitária na UFRGS. E é isso que trazemos como reivindicação, além da revitalização do campus – explica o coordenador do Diretório Central de Estudantes (DCE), Gilian Cidade.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Sugiro à Reitoria da UFRGS que solicite à Coordenadoria de Segurança e RH um estudo de situação de efetivos e nível de preparo dos atuais seguranças da universidade. Este estudo vai justificar a necessidade de concurso específico para a atividade de segurança. O curso de formação e treinamento pode ser conveniado junto ao Departamento de Polícia Federal, órgão competente nesta área em nível federal. Já em 2002, esta providência era prioridade e constava entre os objetivos estratégicos do Plano Estratégico de Segurança elaborado em 2002. Lá constam várias ações a serem realizadas para melhorar a segurança na universidade.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
ONDA DE ASSALTOS E CASOS DE ESTUPRO ALARMAM ESTUDANTES DA UFRGS
ZERO HORA 18/10/2012 | 22h18Atualizada em 19/10/2012 | 00h12
Insegurança nos campi. Onda de assaltos alarma os estudantes da UFRGS. Alunos organizam protesto contra assaltos e casos de estupro ocorridos em unidades da universidade
Estudante que foi assaltado no campus do Centro teve fratura em ossos Foto: Emílio Pedroso / Agencia RBS
Humberto Trezzi
Na quinta-feira da próxima semana, alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizarão no campus do Vale, em Porto Alegre, um protesto contra a criminalidade. Uma onda de assaltos tem encurralado estudantes dos três campi federais da Capital, sobretudo no entorno dos prédios. Ladrões, armados com facas ou revólveres, emboscam os jovens na saída das aulas.
Quem realiza uma pesquisa a respeito não encontra números significativos de crimes, porque a maioria das vítimas prefere não registrar queixa. É que as perdas costumam ser pequenas: anéis, pulseiras, colares (muitas vezes bijuterias) e celulares são os principais objetos levados pelos criminosos, além de dinheiro. Como estudante costuma carregar pouco dinheiro, muitos não vão às delegacias para fazer o boletim de ocorrência. Outros ficam traumatizados e receiam a exposição, ao fazer o registro.
Isso não significa que os crimes são inofensivos. No dia 4, uma jovem de 22 anos foi agredida a socos, despida e amarrada num matagal no Campus do Vale da UFRGS. A vítima trabalha na portaria de um dos prédios da universidade e caminhava por um dos acessos, próximo ao Instituto de Geociências, quando foi seguida e atacada por um rapaz negro, de cabelos crespos e cerca de 30 anos. Ela levou um soco e desmaiou. Foi arrastada para a mata, amarrada com fios de telefone, despida e teve a boca vedada com fita isolante.
O estupro só não foi consumado porque algumas pessoas se aproximaram e o agressor acabou fugindo. O caso, investigado pela Delegacia da Mulher, é classificado como assalto seguido de tentativa de estupro. A jovem passa por tratamento psicológico.
Em julho, uma outra mulher foi atacada dentro do campus do Vale. Ela não é universitária ou servidora, apenas faz caminhadas na área. A vítima declarou que foi raptada, levada para dentro de um carro, estuprada e abandonada em Viamão.
Dolorido saldo de um roubo
Estudante de Engenharia Elétrica na UFRGS, um jovem de 25 anos pagou caro pela agressividade dos criminosos que rondam o Campus Centro. Na terça-feira, o estudante, que pediu para não ser identificado, desceu de um ônibus próximo ao viaduto da Avenida João Pessoa (no quarteirão onde fica o prédio da sua faculdade) carregando um notebook. O computador continha todos os dados de aula, além de informações da empresa onde trabalha.
Cercado por três pivetes, ele decidiu não entregar o notebook. Debaixo do viaduto, foi ameaçado com canivetes. Ao tentar fugiu, caiu e fraturou os ossos do antebraço esquerdo.Está em casa, impossibilitado de trabalhar e escrever. Terá de realizar dupla cirurgia no braço.
— É uma barbaridade, o assalto foi às 19h, nem bem tinha escurecido — reclama o estudante.
Assalto em ponto de ônibus
Zero Hora também conversou com duas alunas de Comunicação da UFRGS que foram assaltadas esta semana, numa parada de ônibus próxima ao Campus Saúde (imediações da Rua Ramiro Barcelos). O ladrão, aparentemente drogado, levou pulseiras e dinheiro delas.
— As mulheres são as maiores vítimas. É em decorrência destas e outras situações de violência que decidimos fazer um protesto. Os seguranças que a universidade tem são apenas patrimoniais, gostaríamos de maior policiamento — desabafa a estudante de Ciências Sociais Nina Becker, da coordenação-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFRGS.
Bernadete Menezes, da coordenação-geral da Associação de Servidores da UFRGS (Assufrgs), endossa a crítica com relação à segurança dos campi.
— Há mais de 20 anos não acontecem concursos para segurança aqui. Eles são terceirizados, têm boa intenção, mas menos envolvimento com a comunidade acadêmica — pondera.
Contraponto
O que diz Daniel Augusto Pereira, Coordenador de Segurança da UFRGS:
Pereira assegura que crimes não são corriqueiros nas dependências internas dos campi. Ele admite que existem assaltos, pontuais, além de alguns furtos de veículos. Ele diz ter registro de um assalto no Campus do Vale este ano e dois furtos de celular. Além disso, contabiliza duas ocorrências envolvendo crime sexual: a tentativa de estupro da semana passada e um estupro em julho, crime que teria começado no Campus do Vale (com um rapto) e culminado na cidade de Viamão. Ele recorda também de um estupro em 2003, cujo autor acabou assassinado, tempos depois.
— Sabemos que existem alguns assaltos no entorno dos campi. Disponibilizamos registro pelo portal do aluno, mas a maioria não registra — pondera Pereira.
O coordenador de Segurança afirma que vai solicitar reforço nos patrulhamentos internos na UFRGS.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Está certo o coordenador de Segurança da UFRGS em intensificar o patrulhamento no campus do Valle, e poderia sugerir à Reitoria a aplicação da medida colocada no Plano Estratégico Situacional da Universidade que estabelece o cercamento dos prédios das Faculdades em relação ao acesso público dos coletivos que oportuniza a presença de pessoas estranhas e dificulta o controle pela segurança. A coordenadora geral da Assufrgs, Bernadete Menezes também tem razão, pela importância e grandiosidade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ao propor concursos para a segurança. O recrutamento e a formação de novos seguranças universitários capacitados e treinados através da Polícia Federal vai constituir um corpo profissional de agentes de segurança, incorporando os aos atuais servidores que atuam a muitos anos na segurança dos campus e que, apesar do conhecimento e dedicação, possuem dificuldades em treinamento e efetivos para o patrulhamento dos campus.
Insegurança nos campi. Onda de assaltos alarma os estudantes da UFRGS. Alunos organizam protesto contra assaltos e casos de estupro ocorridos em unidades da universidade
Estudante que foi assaltado no campus do Centro teve fratura em ossos Foto: Emílio Pedroso / Agencia RBS
Humberto Trezzi
Na quinta-feira da próxima semana, alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizarão no campus do Vale, em Porto Alegre, um protesto contra a criminalidade. Uma onda de assaltos tem encurralado estudantes dos três campi federais da Capital, sobretudo no entorno dos prédios. Ladrões, armados com facas ou revólveres, emboscam os jovens na saída das aulas.
Quem realiza uma pesquisa a respeito não encontra números significativos de crimes, porque a maioria das vítimas prefere não registrar queixa. É que as perdas costumam ser pequenas: anéis, pulseiras, colares (muitas vezes bijuterias) e celulares são os principais objetos levados pelos criminosos, além de dinheiro. Como estudante costuma carregar pouco dinheiro, muitos não vão às delegacias para fazer o boletim de ocorrência. Outros ficam traumatizados e receiam a exposição, ao fazer o registro.
Isso não significa que os crimes são inofensivos. No dia 4, uma jovem de 22 anos foi agredida a socos, despida e amarrada num matagal no Campus do Vale da UFRGS. A vítima trabalha na portaria de um dos prédios da universidade e caminhava por um dos acessos, próximo ao Instituto de Geociências, quando foi seguida e atacada por um rapaz negro, de cabelos crespos e cerca de 30 anos. Ela levou um soco e desmaiou. Foi arrastada para a mata, amarrada com fios de telefone, despida e teve a boca vedada com fita isolante.
O estupro só não foi consumado porque algumas pessoas se aproximaram e o agressor acabou fugindo. O caso, investigado pela Delegacia da Mulher, é classificado como assalto seguido de tentativa de estupro. A jovem passa por tratamento psicológico.
Em julho, uma outra mulher foi atacada dentro do campus do Vale. Ela não é universitária ou servidora, apenas faz caminhadas na área. A vítima declarou que foi raptada, levada para dentro de um carro, estuprada e abandonada em Viamão.
Dolorido saldo de um roubo
Estudante de Engenharia Elétrica na UFRGS, um jovem de 25 anos pagou caro pela agressividade dos criminosos que rondam o Campus Centro. Na terça-feira, o estudante, que pediu para não ser identificado, desceu de um ônibus próximo ao viaduto da Avenida João Pessoa (no quarteirão onde fica o prédio da sua faculdade) carregando um notebook. O computador continha todos os dados de aula, além de informações da empresa onde trabalha.
Cercado por três pivetes, ele decidiu não entregar o notebook. Debaixo do viaduto, foi ameaçado com canivetes. Ao tentar fugiu, caiu e fraturou os ossos do antebraço esquerdo.Está em casa, impossibilitado de trabalhar e escrever. Terá de realizar dupla cirurgia no braço.
— É uma barbaridade, o assalto foi às 19h, nem bem tinha escurecido — reclama o estudante.
Assalto em ponto de ônibus
Zero Hora também conversou com duas alunas de Comunicação da UFRGS que foram assaltadas esta semana, numa parada de ônibus próxima ao Campus Saúde (imediações da Rua Ramiro Barcelos). O ladrão, aparentemente drogado, levou pulseiras e dinheiro delas.
— As mulheres são as maiores vítimas. É em decorrência destas e outras situações de violência que decidimos fazer um protesto. Os seguranças que a universidade tem são apenas patrimoniais, gostaríamos de maior policiamento — desabafa a estudante de Ciências Sociais Nina Becker, da coordenação-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFRGS.
Bernadete Menezes, da coordenação-geral da Associação de Servidores da UFRGS (Assufrgs), endossa a crítica com relação à segurança dos campi.
— Há mais de 20 anos não acontecem concursos para segurança aqui. Eles são terceirizados, têm boa intenção, mas menos envolvimento com a comunidade acadêmica — pondera.
Contraponto
O que diz Daniel Augusto Pereira, Coordenador de Segurança da UFRGS:
Pereira assegura que crimes não são corriqueiros nas dependências internas dos campi. Ele admite que existem assaltos, pontuais, além de alguns furtos de veículos. Ele diz ter registro de um assalto no Campus do Vale este ano e dois furtos de celular. Além disso, contabiliza duas ocorrências envolvendo crime sexual: a tentativa de estupro da semana passada e um estupro em julho, crime que teria começado no Campus do Vale (com um rapto) e culminado na cidade de Viamão. Ele recorda também de um estupro em 2003, cujo autor acabou assassinado, tempos depois.
— Sabemos que existem alguns assaltos no entorno dos campi. Disponibilizamos registro pelo portal do aluno, mas a maioria não registra — pondera Pereira.
O coordenador de Segurança afirma que vai solicitar reforço nos patrulhamentos internos na UFRGS.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Está certo o coordenador de Segurança da UFRGS em intensificar o patrulhamento no campus do Valle, e poderia sugerir à Reitoria a aplicação da medida colocada no Plano Estratégico Situacional da Universidade que estabelece o cercamento dos prédios das Faculdades em relação ao acesso público dos coletivos que oportuniza a presença de pessoas estranhas e dificulta o controle pela segurança. A coordenadora geral da Assufrgs, Bernadete Menezes também tem razão, pela importância e grandiosidade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ao propor concursos para a segurança. O recrutamento e a formação de novos seguranças universitários capacitados e treinados através da Polícia Federal vai constituir um corpo profissional de agentes de segurança, incorporando os aos atuais servidores que atuam a muitos anos na segurança dos campus e que, apesar do conhecimento e dedicação, possuem dificuldades em treinamento e efetivos para o patrulhamento dos campus.
sábado, 6 de outubro de 2012
TENTATIVA DE ESTUPRO EM CAMPUS DA UFRGS
CORREIO DO POVO, 05/10/2012 20:02
Polícia investiga tentativa de estupro no Campus do Vale da Ufrgs. Imagens das câmeras de segurança serão analisadas pela perícia
Um homem agrediu a socos e arrastou para dentro de um matagal uma jovem de 22 anos, no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), perto das 10h30min dessa quinta-feira, na zona Leste da Capital. A mulher, funcionária de uma empresa que presta serviços para a universidade, desmaiou devido às agressões e teve as roupas rasgadas, segundo confirmou o coordenador de segurança Daniel Pereira.
A ocorrência foi registrada como tentativa de estupro na 15ª DP da Capital e encaminhada à Delegacia da Mulher, que vai assumir a investigação. Imagens das câmeras de segurança serão analisadas pela perícia.
O número de seguranças que presta serviço dentro do Campus do Vale da Ufrgs não foi revelado à reportagem, mas segundo o coordenador da área, o efetivo de guardas é suficiente, assim como as câmeras de segurança espalhadas pelo Campus.
Fonte: Luciano Nagel / Rádio Guaíba
Polícia investiga tentativa de estupro no Campus do Vale da Ufrgs. Imagens das câmeras de segurança serão analisadas pela perícia
Um homem agrediu a socos e arrastou para dentro de um matagal uma jovem de 22 anos, no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), perto das 10h30min dessa quinta-feira, na zona Leste da Capital. A mulher, funcionária de uma empresa que presta serviços para a universidade, desmaiou devido às agressões e teve as roupas rasgadas, segundo confirmou o coordenador de segurança Daniel Pereira.
A ocorrência foi registrada como tentativa de estupro na 15ª DP da Capital e encaminhada à Delegacia da Mulher, que vai assumir a investigação. Imagens das câmeras de segurança serão analisadas pela perícia.
O número de seguranças que presta serviço dentro do Campus do Vale da Ufrgs não foi revelado à reportagem, mas segundo o coordenador da área, o efetivo de guardas é suficiente, assim como as câmeras de segurança espalhadas pelo Campus.
Fonte: Luciano Nagel / Rádio Guaíba
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