quinta-feira, 1 de março de 2012

APESAR DA PROIBIÇÃO, ESTUDANTES DA USP FAZEM FESTA COM CERVEJA DENTRO DO CAMPUS


Apesar de proibição, estudantes da USP fazem festa com cerveja. COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, 01/03/2012 - 11h53

Alunos da USP que organizaram a festa da calourada unificada conseguiram driblar a proibição da reitoria e fizeram seu evento regado a cerveja na noite de quarta-feira (29). Eles já haviam encarados problemas com a entrada dos equipamentos de som e banheiros químicos que fariam parte da infraestrutura da festa. Na terça (28), caminhões com cerveja foram impedidos de entrar no campus da universidade.

"Todos os centro acadêmicos da USP têm contratos anuais com distribuidoras de cervejas. Se [o caminhão de cerveja] não entrou no dia [da festa], entrou em outro dia porque isso é corriqueiro na universidade", disse Nathalie Drumond, representante do DCE.

Estudantes da universidade, no entanto, afirmam que a entrada de cerveja no campus nunca foi um problema e que a proibição tem motivos políticos.

"A reitoria está fechando o cerco contra o movimento estudantil da USP, para tentar impedir suas atividades. É uma posição estritamente política", disse Nathalie.

"É uma medida pura simplesmente moralista do reitor, porque todos sabem muito bem que o movimento estudantil se financia através da sua auto-organização e isso inclui festas e a venda de cervejas e outras bebidas. A festa serviria para cobrir gastos do Movimento de Greve, da contratação dos equipamento e também para financiar todos os processos civis e administrativos contar estudantes que estão correndo", afirmou Beatriz, da organização estudantil Comando de Greve.

De acordo com a USP, uma norma interna sempre proibiu a entrada de bebida alcoólica no campus.

Os problemas que antecederam a realização da calourada não pararam por aí. Na tarde de ontem (29) caminhões com equipamentos de som e banheiros químicos foram barrados na portaria do campus. A ação da universidade fez com estudantes de direito ligados ao movimento estudantil e do Centro Acadêmico XI de Agosto (da Faculdade de Direito) a entrassem na discussão com a reitoria.

"A organização já havia protocolado na reitoria um aviso de que haveria um ato público de caráter artístico-político-cultura no dia 29, na calourada unificada", afirmou Beatriz.

Segundo Beatriz, o caminhão de som ficou aguardando por mais de cinco horas a autorização da entrada. Ela disse ainda que houve uma demora por parte da universidade para regularizar a situação e permitir a entrada dos equipamentos, que ocorreu após estudantes assinarem termos de responsabilidade pelos caminhões e equipamentos.

OUTRO LADO

A USP disse que a prefeitura do campus não havia sido notificada e recebido a documentação necessária sobre a festa com 30 dias de antecedência, conforme regulamento da universidade. Segundo ela, o cumprimento dessa norma é fundamental para que a universidade avalie as condições técnicas e de segurança do evento.

Sobre a proibição dos caminhões com equipamentos da festa, a universidade disse que eles foram barrados porque não tinham a autorização para entrar e foram liberados após serem apresentados os responsáveis pelo evento. A universidade reiterou que as normas internas sempre proibiram a entradade de bebida no campus.

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