domingo, 30 de outubro de 2011

USP - CONSELHO VAI DECIDIR SOBRE A PERMANÊNCIA DA PM


USP lamenta 'incidente' e diz que conselho vai decidir sobre PM. Na noite de quinta-feira, alunos e policiais entraram em confronto no estacionamento da FFLCH. 28 de outubro de 2011 | 15h 58 - Estadão.edu

Em nota, a reitoria da USP afirmou lamentar os "incidentes" ocorridos ontem à noite, quando alunos, professores e funcionários da universidade entraram em confronto com a PM no estacionamento da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), no câmpus da zona oeste de São Paulo.

Segundo o documento, os fatos serão analisados pelo Conselho Gestor do Câmpus, que deverá apresentar "propostas para o equacionamento da situação". As sugestões serão divulgadas "em data oportuna".

Depois da confusão, ainda na noite de ontem, cerca de 300 alunos reunidos em assembleia decidiram invadir o prédio da diretoria da FFLCH. Eles dizem que só desocupam o edifício quando a USP romper o convênio com a secretaria estadual da Segurança Pública que reforça o policiamento na Cidade Universitária.

Alunos da FEA-USP são a favor da PM no câmpus

O Centro Acadêmico Visconde de Cairu, entidade que representa os alunos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, divulgou agora há pouco nota sobre a presença da PM no câmpus. Eles são a favor, mas dizem que “é preciso lamentar o ocorrido na última quinta-feira. De certa forma, fica nítido que tanto estudantes quanto policiais se exaltaram”.

Eis a nota na íntegra:

“Diante dos incidentes ocorridos na noite de ontem, o Centro Acadêmico Visconde de Cairu, entidade representativa dos alunos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, julga necessário reafirmar sua posição sobre os assuntos referentes à segurança nos campi da Universidade de São Paulo.

No semestre passado, após a tragédia que se abateu sobre nossa faculdade e tirou a vida do colega Felipe Ramos de Paiva, coube ao Centro Acadêmico o papel de reunir os alunos e debater o sério problema da violência nos campi universitários. O consenso que daí emergiu foi claro: sempre respeitando aqueles que pensam diferente, o CAVC se posicionaria a favor da presença da Polícia Militar na Cidade Universitária de forma a mitigar crimes cotidianos. A universidade está completamente inserida na cidade e na sociedade, e assim também merece proteção do Estado.
Algumas ressalvas, porém, foram sublinhadas: a entrada da autoridade policial no ambiente universitário precisa, sempre, considerar as especificidades desse espaço.

A força, enfim, não pode ser utilizada contra manifestações pacíficas que freqüentemente ocorrem na USP. Feitas essas considerações, vimos de forma positiva a assinatura do convênio entre a Reitoria da nossa universidade e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Os termos desse contrato, ao que parece, são razoáveis e prevêem uma importante integração entre a PM, a Guarda Universitária e a comunidade da USP. É preciso lembrar, enfim, que vivemos em uma sólida democracia republicana, e que nesse cenário a polícia deve estar a serviço do cidadão. Tanto na universidade quanto fora dela, pois, eventuais excessos devem ser investigados e prevenidos.

É preciso lamentar o ocorrido na última quinta-feira. De certa forma, fica nítido que tanto estudantes quanto policiais se exaltaram. Enquanto entidade que representa do corpo discente da FEA USP, porém, o CAVC precisa deixar um ponto claro: discordamos das pautas apresentadas e dos métodos empregados pelo grupo de alunos que, na noite de ontem, ocupou o prédio da Administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.

Tanto o debate sobre a liberalização do consumo de drogas – que aparentemente foi o estopim da reação vista ontem – quanto a discussão sobre as formas de atuação da autoridade policial encontram seus fóruns adequados na sociedade civil e nos espaços legislativos. Soa anacrônico, nos dias de hoje, “seqüestrar” um prédio público para que certas demandas sejam ouvidas. O diálogo é sempre preferível à luta, e a contestação espetacular sempre presta um desserviço ao aprofundamento da democracia.

A entrada da Polícia Militar no câmpus da USP foi, sim, uma vitória dos estudantes. Sozinha, obviamente, ela não é a solução perfeita para a violência dentro da universidade. Sem uma iluminação adequada na Cidade Universitária, por exemplo, a prevenção de crimes fica prejudicada. Com efeito, o que é preciso se discutir hoje são as formas de atuação da polícia, e não a sua conveniência”.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Sem entrar no mérito do confronto que tem causa ilegal, este é mais um caso de desvio das atribuições policiais. A PM jamais deveria assinar um convênio para patrulhar o interior de um campus universitário. Esta competência é da própria Universidade em compor um quadro organizacional de segurança interna. Colocar policiais dentro do campus é um erro e tira policiais dos logradouros públicos onde ela deve exercer a sua função precípua. Este corpo de segurança pode ser constituído nas universidades privadas (segurança privada terceirizada controlada pela polícia federal), universidades estaduais (corpo de segurança interna formada, treinada e controlada pela PM e PC) e universidades federais (formadas, treinadas e controladas pela polícia federal). A segurança universitária tem peculiaridades diferentes do policiamento normal, sem se omitir para as ilegalidades.

"É A PM QUE GARANTE A SEGURANÇA DA USP"

‘Hoje, é a PM que garante a segurança da USP’. Ex-reitor da Universidade de São Paulo (1986-1990) e ex-ministro da Educação (1991-1992), o professor de Física José Goldemberg diz que a presença da Polícia Militar é o que permite que a USP funcione com segurança, especialmente durante a noite - O ESTADO DE SÃO PAULO, 29 de outubro de 2011 | 17h 31

Ex-reitor da Universidade de São Paulo (1986-1990) e ex-ministro da Educação (1991-1992), o professor de Física José Goldemberg diz que a presença da Polícia Militar é o que permite que a USP funcione com segurança, especialmente durante a noite. Por outro lado, Goldemberg diz que já chegou a reivindicar, durante seu mandato de reitor, o afastamento da polícia do câmpus, por entender que a presença policial atrapalhava a liberdade de pensamento e as discussões políticas em curso na universidade.

Por que os estudantes e parte dos funcionários são contrários à presença dos estudantes na Cidade Universitária?

Isso é uma coisa que vem desde os anos 1970 e começou na Europa. A ideia é que a universidade é um território livre, tem de haver liberdade de pensamento, onde é possível discutir de ideias marxistas a religião. Durante o governo militar, essa rejeição à polícia se tornou muito aguda aqui (na USP) - era uma crítica à presença ostensiva e à não ostensiva. Tinha muito policial infiltrado entre os alunos, o que impedia as discussões que não fossem muito conservadoras. Muitos reitores tentaram evitar essa presença. E isso foi adiante (após o fim do regime). Eu mesmo, como reitor, tive de impedir a presença da PM. Havia maus-tratos contra alunos, até casos de tortura.

Essa realidade ainda existe nos dias de hoje?

Não, pelo contrário. Hoje, dado o clima de insegurança, é a presença da PM que garante a segurança física dos alunos. À noite, a USP é um lugar muito perigoso. Estavam ocorrendo muitos assaltos, houve até a morte de um aluno. Agora, estão trocando a iluminação para trazer mais segurança.

Então por que essa reação contrária aos policiais? Por que o pensamento do regime militar ainda vigora entre os alunos?

Muita gente se aproveita da ausência da polícia para práticas que não têm a ver com discussão política. Droga, pela legislação, é uma atividade criminosa. Há quem queira descriminalizar (a maconha). E essa discussão deve acontecer também na universidade. Mas não se pode reivindicar a saída da PM do câmpus para poder praticar crimes. Pela legislação, repito, maconha é crime.

A presença da PM não pode impedir esse tipo de discussão, por exemplo?

Uma pessoa drogada perturba as atividades do câmpus. Não se pode usar a descriminalização como bandeira para retirar a PM daqui. Pode se discutir.

Os alunos disseram que eles estavam lutando não por eles, mas por toda a sociedade. O senhor concorda com isso?

Não. Nós lutamos muito para haver liberdade de pensamento e ela existe dentro do câmpus. Misturar as duas coisas não é correto.

Como o senhor avalia a gestão do atual reitor (João Grandino Rodas)?

Ele tem feito um bom trabalho. Está construindo prédios, houve aumento de salários, a USP tem recebido bons investimentos.

Então por que ele se tornou um dos principais alvos dos manifestantes da USP?

Tem uma coisa de complexo de Édipo aí. Ele é como um pai, a figura da autoridade. Por isso, vira alvo dos estudantes.

A BADERNA A SERVIÇO DO CRIME

OPINIÃO, O Estado de S.Paulo - 30/10/2011

A Cidade Universitária voltou a ser palco de confrontos entre estudantes e a Polícia Militar (PM). Os incidentes ocorreram na noite de quinta-feira e começaram depois que os policiais militares detiveram três alunos que fumavam maconha no estacionamento do prédio de História e de Geografia. Quando os levavam para o 91.º DP, a fim de registrar a ocorrência, os policiais militares foram atacados por cerca de 200 estudantes.

Além de terem apedrejado seis viaturas policiais e ferido três soldados, os estudantes invadiram o prédio administrativo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), onde praticaram atos de vandalismo, e anunciaram que só sairão do local após a revogação do convênio que permite à PM garantir a segurança na Cidade Universitária. O convênio foi assinado após o primeiro caso de latrocínio no local, ocorrido em maio deste ano. A vítima foi um estudante de economia, assassinado ao reagir a uma tentativa de roubo. Entre janeiro e abril, os roubos na Cidade Universitária aumentaram 13 vezes e os atos de violência - tais como estupros e sequestros relâmpago - cresceram 300%.

Até então, a Cidade Universitária - situada ao lado de uma favela - dispunha apenas de uma Guarda Universitária, que não pode portar armas e que conta com 130 agentes de segurança patrimonial, divididos em dois turnos, para proteger dezenas de prédios e fiscalizar seus estacionamentos, além das 100 mil pessoas que circulam diariamente pelo câmpus. Mas, apesar da crescente violência, minorias radicais constituídas por servidores, alunos e professores resistiam e continuam resistindo à presença da PM no câmpus. Militantes de micropartidos de esquerda, eles associam a PM à "repressão", alegam que a presença de policiais militares fere a autonomia universitária e classificam o câmpus como "território livre".

Alegando que a Cidade Universitária estava se convertendo em terra de ninguém, o Comitê Gestor da USP - apoiado pela maioria da comunidade acadêmica - superou as resistências políticas, elaborou um plano emergencial de segurança para a Cidade Universitária, definiu um modelo de policiamento aprovado por entidades de professores, alunos e funcionários e, em junho, fechou um acordo com a PM para colocá-lo em execução. É esse convênio que os invasores do prédio administrativo da FFLCH querem revogar.

Para confirmar que se trata de movimento ideológico, eles apresentaram uma lista de reivindicações absurdas, impossíveis de serem atendidas, do ponto de vista jurídico. Além de aproveitar o incidente para fazer novas críticas ao reitor João Grandino Rodas e acusar a PM de agir como "o braço armado dos exploradores", pedindo sua imediata retirada do câmpus, os invasores querem autonomia absoluta nos "espaços estudantis". Reivindicam, ainda, a extinção de todos os processos administrativos e criminais contra estudantes, professores e funcionários. São centenas de sindicâncias e de ações judiciais instauradas pela reitoria para apurar desvios de conduta e punir quem depredou o patrimônio da USP e ameaçou a integridade física de colegas em assembleias, greves e piquetes. Em nota, o Diretório Central dos Estudantes (DCE-Livre) classificou a invasão da FFLCH e a oposição à presença da PM no câmpus como uma luta pelos "direitos civis".

Na realidade, o que está em jogo no câmpus da USP não são as liberdades públicas nem os direitos fundamentais de estudantes, professores e funcionários. Quando invocam o princípio da autonomia universitária e pedem que a PM seja expulsa do câmpus, os baderneiros fazem o jogo dos assaltantes, assassinos, estupradores e traficantes de drogas. É evidente que, desde o início do convênio firmado com a reitoria, a presença de policiais militares na Cidade Universitária vem prejudicando os negócios dos fornecedores de drogas, reduzindo seus lucros. Além de se colocarem - consciente ou inconscientemente - a serviço do crime organizado, os invasores cometem outro erro. Eles confundem "território livre", expressão usada na academia para designar a livre troca de ideias, com uma república independente - como se a USP existisse à margem do Estado e da sociedade que a sustentam.

O que ocorreu no embate com a PM e com a invasão da FFLCH não são atos de rebeldia intelectual - são apenas demonstrações de irresponsabilidade e de alienação ideológica.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ALUNOS PEDEM FIM DE CONVÊNIO ENTRE USP E PM PARA DESOCUPAR PRÉDIO


FOLHA.COM, 28/10/2011 - 11h09

Um grupo de estudantes da USP divulgou uma nota na manhã desta sexta-feira afirmando que só desocupará o prédio da Administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), invadido na noite de ontem (27), após a revogação do convênio da universidade com a Polícia Militar.

Cerca de cem alunos ocuparam o imóvel, localizado dentro do campus da USP, na região do Butantã (zona oeste de SP), após um confronto entre estudantes e policiais militares. A briga ocorreu após a PM deter três estudantes que estariam fumando maconha dentro de um carro, no campus.

Segundo Diana Assunção, do sindicato dos trabalhadores da USP, a repressão foi violenta, com cassetetes, gás pimenta, além das bombas de efeito moral. Ela disse que alguns alunos se feriram.

A PM afirma que conteve a manifestação sem violência e que só houve confronto porque os estudantes atacaram um carro em que estava um delegado. Segundo a corporação, três policiais ficaram feridos e cinco viaturas foram danificadas.

Após o tumulto, os três jovens pegos com a maconha foram levados para a delegacia. Eles assinariam um termo circunstanciado e foram liberados no início da madrugada, já que a droga era para uso pessoal.

Na nota divulgada hoje, os estudantes pedem que a PM seja impedida de atuar no campus "em qualquer circunstância", pedem garantia de autonomia nos espaços estudantis e que a reitoria retire os processos criminais e administrativos movidos contra estudantes, professores e funcionários.

Esse foi o primeiro problema envolvendo policiais e universitários desde que a PM passou a fazer a segurança do campus, há 50 dias. O convênio entre a corporação e a USP foi assinado para tentar reduzir a criminalidade no local. Em maio, o estudante Felipe Ramos de Paiva, 24, morreu baleado numa tentativa de roubo.

A reportagem tentou falar com a reitoria na manhã desta sexta-feira, mas não conseguiu. O reitor, João Grandino Rodas, disse em entrevista à Rádio CBN que se reunirá com o conselho do campus para tomar medidas em relação ao confronto.

Devido ao Dia do Servidor Público, comemorado nesta sexta-feira, não há aula hoje na USP.


USP - ALUNOS PEDEM FIM DE CONVÊNIO E SAÍDA DA PM


Alunos pedem fim de convênio entre USP e PM para deixarem o prédio. Mais de 200 estudantes ocupam o prédio administrativo da FFLCH nesta sexta; reitoria da universidade diz que não prevê ação para a retirada do grupo. 28 de outubro de 2011 | 12h 12. Texto atualizado às 14h50 - Bruno Paes Manso, Carlos Lordelo, Pedro da Rocha, Priscila Trindade e Solange Spigliatti

SÃO PAULO - Os mais de 200 alunos que invadiram o prédio da diretoria e administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo (USP), na noite desta quinta, 27, dizem que só sairão do local após a revogação do convênio da universidade com a Polícia Militar.

A informação foi repassada em nota pelo grupo na manhã desta sexta-feira, 28. De acordo com informações do Sindicato dos trabalhadores da USP (Sintusp), que apoia a reivindicação dos alunos, uma assembleia está marcada para às 18 horas desta sexta, no local, para decidir o rumo da manifestação. Os alunos colocaram blocos de concreto na rua em frente para impedir o fluxo de carros. Faixas de pano e cartazes dizem “Fora Rodas, Fora PM,” “Datena bandido”, “PMídia” e “Os policias não são trabalhadores, são os braços armados dos exploradores”.

A reitoria da USP informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não prevê ação para a retirada dos alunos que ocupam o prédio administrativo da Faculdade de Filosofia (FFLCH), seja por pedido à Justiça ou fazendo a saída negociada dos alunos. A assessoria informou que a desocupação do prédio tem que nascer de pedido da diretoria da própria FFLCH.

O Centro Acadêmico Visconde de Cairu, entidade que representa os alunos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, divulgou nota sobre a presença da PM no câmpus. Eles são a favor, mas dizem que “é preciso lamentar o ocorrido na última quinta-feira. De certa forma, fica nítido que tanto estudantes quanto policiais se exaltaram".

Ocupação

Na noite desta última quinta, 27, dezenas de estudantes invadiram o mesmo edifício localizado na zona oeste da capital; segundo eles, era uma demonstração de repúdio à ação da Polícia Militar que, horas antes, abordou três universitários que portavam maconha, gerando um confronto entre as duas partes.

Alguns dos cerca de 100 alunos que tomaram o prédio afirmaram que a invasão também foi motivada pelo descontentamento em relação à gestão de João Grandino Rodas, atual reitor da Universidade de São Paulo. A invasão, segundo os estudantes, foi decidida em uma a assembleia logo após o confronto entre os cerca de 300 universitários e a Polícia Militar. Como esta sexta-feira, 28, é Dia do Funcionário Público e a próxima quarta-feira, 2, Feriado de Finados e muitos alunos acabam emendando os dias para viajar para cidades do interior onde moram , vários estudantes votaram contra a invasão por considerá-la de pouca repercussão neste momento, afinal muitos deles teriam de deixar o local para saírem da cidade.

Diversos alunos que ocupam o prédio da FFLCH foram vistos pela reportagem do estadão.com.br segurando latinhas de cerveja. Uma viatura da Guarda Universitária às 2h30 estava estacionada em frente ao prédio ocupado. Barricadas, feitas de blocos de cimento, bloqueiam as duas principais entradas do prédio. A abordagem feita por PMs a três estudantes de História da USP, que estavam com maconha no estacionamento da FFLCH, provocou quebra-quebra e protestos na noite desta quinta-feira no câmpus do Butantã, na zona oeste de São Paulo.

Patrulha

A presença de PMs na Cidade Universitária foi intensificada, por meio de convênio da universidade, após o assassinato do aluno Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, durante uma tentativa de assalto, em maio. Estudantes que estavam no protesto reclamam que a abordagem policial aos alunos no dia a dia tem sido violenta. “Esse é um dos motivos para a revolta dos estudantes”, disse um aluno que não quis se identificar.




ALUNOS ENTRAM EM CONFRONTO COM A PM E INVADEM PRÉDIO DA USP


Alunos invadem prédio da USP após confronto com a polícia. Confronto começou quando três estudantes que portavam maconha foram abordados pela PM - ZERO HORA, 28/10/2011 | 08h10min

Dezenas de estudantes invadiram, no final da noite de quinta-feira, o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), na Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital.

Alegam que foi uma demonstração de repúdio à ação da Polícia Militar, que, horas antes, abordou três alunos que portavam maconha, gerando com isso um quebra-quebra e confronto entre cerca de 300 universitários e PMs. Uma viatura policial foi danificada.

Alguns dos cerca de cem alunos que tomaram o prédio afirmaram que a invasão também foi motivada pelo descontentamento em relação à gestão de João Grandino Rodas, atual reitor da USP.

A invasão, segundo os estudantes, foi decidida em uma a assembleia logo após o confronto. Como hoje é Dia do Funcionário Público e a próxima quarta-feira será Feriado de Finados e muitos alunos faltam para viajar para cidades do interior onde moram, vários estudantes votaram contra a invasão, por considerá-la de pouca repercussão neste momento.

Diversos alunos que ocupam o prédio da FFLCH foram vistos segurando latinhas de cerveja. Uma viatura da Guarda Universitária às 2h30min estava estacionada em frente ao prédio ocupado. Barricadas, feitas de blocos de cimento, bloqueavam as duas entradas do prédio.

FLAGRANTE DE MACONHA GERA CONFRONTO COM A PM E QUEBRA-QUEBRA NA USP

PMs usaram gás lacrimogêneo e estudantes reagiram a pedradas; após confronto, alunos resolveram invadir o prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. 27 de outubro de 2011 | 21h 24. Texto atualizado às 2h45. Bruno Paes Manso, do Estado de S.Paulo, e Pedro da Rocha e Priscila Tridande, do estadão.com.br

SÃO PAULO - Dezenas de estudantes invadiram, no final da noite de quinta-feira, 27, o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), na Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital, segundo eles, em uma demonstração de repúdio à ação da Polícia Militar que, horas antes, abordou três universitários que portavam maconha, gerando um confronto entre as duas partes.

Alguns dos cerca de 100 alunos que tomaram o prédio afirmaram que a invasão também foi motivada pelo descontentamento em relação à gestão de João Grandino Rodas, atual reitor da Universidade de São Paulo. A invasão, segundo os estudantes, foi decidida em uma a assembleia logo após o confronto entre os cerca de 300 universitários e a Polícia Militar. Como esta sexta-feira, 28, é Dia do Funcionário Público e a próxima quarta-feira, 2, Feriado de Finados e muitos alunos acabam emendando os dias para viajar para cidades do interior onde moram , vários estudantes votaram contra a invasão por considerá-la de pouca repercussão neste momento, afinal muitos deles teriam de deixar o local para saírem da cidade.

Diversos alunos que ocupam o prédio da FFLCH foram vistos pela reportagem do estadão.com.br segurando latinhas de cerveja. Uma viatura da Guarda Universitária às 2h30 estava estacionada em frente ao prédio ocupado. Barricadas, feitas de blocos de cimento, bloqueiam as duas principais entradas do prédio. A abordagem feita por PMs a três estudantes de História da USP, que estavam com maconha no estacionamento da FFLCH, provocou quebra-quebra e protestos na noite desta quinta-feira no câmpus do Butantã, na zona oeste de São Paulo. O auge da confusão foi às 22h, quando os alunos estavam sendo levados ao distrito policial. A viatura em que eles estavam foi rodeada por universitários e teve vidros quebrados a socos e pedras. Alunos chegaram a subir em cima do veículo. Para dispersar a aglomeração, a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo. Estudantes revidaram com pedras. Policiais então deixaram o câmpus em alta velocidade. Pelo menos cinco viaturas foram depredadas.

O flagrante havia sido feito cinco horas antes. Segundo o tenente Luiz Salles, do 16.º Batalhão, a intenção inicial era fazer um termo circunstanciado na própria universidade, o que evitaria a ida ao DP. Mas PMs ficaram com os documentos dos três estudantes e a situação esquentou com a chegada de integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e do Sindicato dos Funcionários da USP, que iniciaram o bate-boca. Mais alunos foram se aglomerando e a tentativa de professores e PMs de contornar a situação foi interrompida. Por volta das 20h, já havia cerca de 300 alunos protestando contra a presença da PM na universidade e gritando palavras de ordem, do tipo: “Maconha é natural, coxinha é que faz mal”, “Fora PM do mundo” e “Ditadura, assassinatos e tortura. Não esquecemos”.

Por volta das 21h30, o comandante do 16.º Batalhão e um delegado chegaram ao câmpus para levar os alunos detidos para o DP. Estudantes os escoltaram em uma corrente humana até a viatura. O carro partiu, mas um grupo impediu a passagem, enquanto outros corriam atrás do veículo, incentivados por um carro de som que pedia que estudantes bloqueassem o caminho. Foi quando a confusão se armou e até jornalistas e fotógrafos foram agredidos. O repórter fotográfico do Estado Tiago Queiroz, por exemplo, foi empurrado e impedido de fotografar. Alunos também tentaram arrancar sua câmera. O tumulto só diminuiu após a PM usar gás lacrimogêneo e sair com os três alunos.

Patrulha. A presença de PMs na Cidade Universitária foi intensificada, por meio de convênio da universidade, após o assassinato do aluno Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, durante uma tentativa de assalto, em maio. Estudantes que estavam no protesto reclamam que a abordagem policial aos alunos no dia a dia tem sido violenta. “Esse é um dos motivos para a revolta dos estudantes”, disse um aluno que não quis se identificar.

Alunos invadem prédio da USP após confronto com a PM. 28 de outubro de 2011 | 4h 01 - PEDRO DA ROCHA E RICARDO VALOTA - Agência Estado, O ESTADO DE SÃO PAULO

Dezenas de estudantes invadiram, no final da noite de ontem, o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), na Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital.

Alegam que foi uma demonstração de repúdio à ação da Polícia Militar, que, horas antes, abordou três alunos que portavam maconha, gerando com isso um quebra-quebra e confronto entre cerca de 300 universitários e PMs. Uma viatura policial foi danificada. Alguns dos cerca de 100 alunos que tomaram o prédio afirmaram que a invasão também foi motivada pelo descontentamento em relação à gestão de João Grandino Rodas, atual reitor da USP.

A invasão, segundo os estudantes, foi decidida em uma a assembleia logo após o confronto. Como hoje é Dia do Funcionário Público e a próxima quarta-feira será Feriado de Finados e muitos alunos faltam para viajar para cidades do interior onde moram, vários estudantes votaram contra a invasão, por considerá-la de pouca repercussão neste momento.

Diversos alunos que ocupam o prédio da FFLCH foram vistos segurando latinhas de cerveja. Uma viatura da Guarda Universitária às 2h30 estava estacionada em frente ao prédio ocupado. Barricadas, feitas de blocos de cimento, bloqueavam as duas entradas do prédio.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

JOVENS COM ARMA E DROGAS NO CAMPUS

Quatro jovens são presos com arma e droga no campus da UFSC em Florianópolis - DIÁRIO CATARINENSE, 25/10/2011 | 10h12min

Eles estavam com um revólver calibre 32 e portavam uma pequena quantidade de maconha
Quatro jovens entre 20 e 25 anos foram presos na noite de segunda-feira no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no bairro Trindade, em Florianópolis. Eles estavam armados com um revólver calibre 32 e portavam uma pequena quantidade de maconha.

Por volta das 23h, uma moradora do bairro estranhou a movimentação de um Gol pela ruas da região. A Polícia Militar foi acionada e passou a acompanhar de moto o veículo suspeito. O carro entrou no campus da UFSC, onde os policiais abordaram o grupo.

Os quatros jovens ainda tentaram fugir, mas a guarnição impediu. Os quatro foram presos por porte ilegal de arma e posse da droga e encaminhados para a delegacia de polícia. Eles afirmaram para a PM que estavam no local apenas para fumar maconha.